A seguir, o trecho da Análise Política da Semana do dia 4 de maio em que o companheiro Rui Costa Pimenta analisa a tentativa de golpe de Estado impetrado pelo imperialismo norte americano em aliança com setores do imperialismo europeu no dia 30 de abril contra a Venezuela.
Na Análise Política da Semana o companheiro Rui, presidente do Partido da Causa Operária (PCO) desenvolve de forma clara e precisa o entendimento político dos principais acontecimentos da semana, utilizando-se de seu vasto conhecimento marxista e da experiência acumulado do partido como um todo nesses quarenta anos de existência. A soma desses fatores possibilita uma concretude de informações capaz de prever certos acontecimentos políticos, sendo, portanto, a análise mais apropriada para indicar o caminho para a esquerda brasileira na luta contra a direita. O programa ocorre todos os sábados, às 11h30, ao vivo pela Causa Operária TV ou presencialmente na Rua Serranos, 90. São Paulo capital.
“Muita gente diz que, e é uma falsificação, mesmo sem as informações que eu vou dar aqui, que o problema da Venezuela é o Trump. Isso é falso, porque o embargo contra a Venezuela começou com o Obama. Quer dizer, então o Trump pegou o carro andando, como se diz. Ele não é o autor de nada e nem parece ser o grande interessado na situação. Nessa semana imprensa norte americana relatou uma conversa do Trump onde ele falava o seguinte, ele fez a seguinte declaração: `o Bolton [que é o ministro dele para assuntos exteriores] ele quer me meter aí numa série de guerras’. Quem que é a equipe do Trump nesse caso? Devido a pressão do próprio aparato militar, do aparato político, do aparato internacional, da CIA, do imperialismo, o Trump foi obrigado ai a aceitar em cargos-chave da política internacional os homens, que, na verdade, são homens dos governos anteriores. Então, a pressão contra a Venezuela não vem do Trump, vem daquele setor da política internacional que é representado pela direita do Partido Democrata e da parte central, mais conservador, mais tradicional, do Partido Republicano – da família Bush, e, no caso dos Democratas, os Clinton. Esses são os autores da política contra a Venezuela. A política contra a Venezuela não é uma política ocasional que surge de um determinado tipo de governo que seria mais direitista que o normal. Ela é uma política estratégica do imperialismo. Por isso não adianta chegar a uma conciliação, porque essa conciliação não vai ocorrer. E toda a máquina politica do imperialismo, a máquina política fundamental, está voltada para a destruição do regime venezuelano. Já falaram tambem, que querem liquidar o regime na Nicarágua e em Cuba. Para isso, o imperialismo conta também, com o apoio, logicamente que há restrições, pois há divergências políticas, do apoio do imperialismo europeu. Mas, restrições ou não restrições, o apoio é bem efetivo. Dá pra perceber, que no caso da Venezuela, a Espanha é uma fator fundamental em toda a operação golpista venezuelana.”
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