Neste sábado, 29 de maio, sindicatos, partidos políticos, estudantes e o povo em geral estarão nas ruas lutando pelo Fora Bolsonaro e por vacina, emprego e auxílio emergencial.
A crise econômica, que assola sobretudo os mais pobres, é consequência da crise capitalista mundial, que impõe uma política neoliberal de fome, deixando mais de 60 milhões de brasileiros uma situação de miséria e desemprego. Enquanto o povo morre de fome, Bolsonaro passeia de moto e destina milhões para atividades supérfluas e compra de deputados através de emendas parlamentares.
O agravamento dessa crise social, econômica e sanitária criou as bases para a superação dessa politica da morte, com o povo nas ruas. O povo, convocado pelo PCO, os Comitês de Luta e outra organizações, já saiu às ruas para protestar contra a comemoração do sanguinário golpe de 1964, que a burguesia comemorou e foi para as ruas pedir mais um golpe com Bolsonaro no poder. Ao não ir para as ruas, deixando parte delas para os fascistas, boa parte da esquerda pequeno-burguesa cometeu um grave erro, mas agora começa a acordar e mobilizar seus militantes para lutar contra esse desmonte do país e da política genocida do governo federal e seus asseclas.
Após o ato do dia 1º de Maio, um ato classista na Praça da Sé, que reuniu mais de 2 mil pessoas, sem a participação efetiva dos maiores partidos de esquerda, ficou claro que a mobilização popular de rua com segurança frente ao vírus é possível e é uma necessidade indispensável diante da violência que estão nos impondo. Após o ato classista em maio, o povo tomou mais ainda as ruas. Em 7 de maio, o MTST convocou seus militantes para um ato de rua. Em seguida, o povo saiu também em protesto ao massacre do Jacarezinho, a maior chacina ocorrida no Rio de Janeiro em plena pandemia, de forma brutal e covarde, provocando a revolta de toda a população.
Diante desse grave momento, o dia 29 de maio será mais um dia importante para mobilizar mais ainda a população e todos os partidos de esquerda, sindicatos e associações populares. A Central Única dos Trabalhadores, maior e principal central sindical do país, confirmou presença. O MST, maior organização de luta pela terra no País, também participará do ato, assim como a Central dos Movimentos Populares, que abriga centenas de movimentos, e o Partido dos Trabalhadores (PT), maior partido de esquerda da América Latina.
Não precisamos mais de lives, carreatas e atos simbólicos inócuos diante do cinismo e ataques da extrema-direita. Só a mobilização popular vai derrotar essa extrema-direita. Não à frente ampla com setores golpistas! Frente só com o povo e suas organizações populares de luta!
O ato nacional do dia 29 de maio, que ocorrerá diuturnamente em todo o Brasil, lutará pelas seguintes reivindicações do povo brasileiro:
POR UMA VACINAÇÃO EM MASSA
Para dar fim à crise sanitária, é preciso que toda a população seja vacinada em massa, de forma imediata. Quanto mais se perde tempo em adquirir ou produzir as vacinas, mais pessoas morrerão, os hospitais entrarão em colapso e faltarão insumos hospitalares devido à alta quantidade de internados, sem falar do colapso no sistema funerário. O cinismo das grandes potências ao negar uma maior vacinação para toda a população do globo através da quebra das patentes continua explícito, pois colocam o interesse financeiro dos grandes capitalista e indústrias farmacêuticas em primeiro lugar. Aliado a essa atitude genocida dos poderosos, temos o governo federal que prorroga, obstaculiza e desmerece o quanto pode a aquisição de qualquer vacina, sobretudo aquela que não seja das potências aliadas, como é o caso da vacina russa, até hoje impedida de ser aplicada no país.
POR UM AUXÍLIO EMERGENCIAL DE PELO MENOS UM SALÁRIO MÍNIMO.
Para que a população não passe mais fome como já vem passando com a crise da economia e a falta de emprego e renda, é necessário que todo o povo exija um auxílio emergencial digno, que deveria ser de R$5.000, mas, diante do tamanho desprezo e avareza do governo federal, que só tem dinheiro para os bancos, os quais receberam do governo em 2020 um trilhão de reais, devemos lutar para que o auxílio seja de pelo menos esse salário mínimo. O valor que o governo propôs a dar é humilhante, não supre nenhuma necessidade básica da família, sobretudo em um momento de pandemia, com a economia em ruínas.
NÃO ÀS PRIVATIZAÇÕES
Em meio a essa tremenda crise politica, sanitária e econômica, com mais de 14 milhões de desempregados, o governo federal e seus aliados golpistas tramam a venda do patrimônio brasileiro sem sequer consultar o povo, seus verdadeiros proprietários. Estão na mira dos assaltantes imperialistas, em conluio com os direitistas lesa-pátria, a Eletrobrás, empresa líder em transmissão de energia elétrica no Brasil, rentável e importante para a industrialização do país. Se esse patrimônio for vendido a preço de banana como fora feito com a Vale do Rio Doce na era do entreguista FHC, a mão de obra será mais sucateada, os salários ficarão menores, o meio ambiente continuará sob ataque e o custo da energia será mais oneroso para os brasileiros, aumentando os lucros de seus acionistas, os únicos beneficiados. A outra grande empresa no alvo dos parasitas são os Correios, que vêm sofrendo um desmonte e ataque para que a própria população se iluda com a proposta de privatização.
REDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO
Ao lado da necessidade urgente de salvar a população com vacinação gratuita, em massa e de forma imediata, gerar emprego é de fundamental importância para o povo brasileiro atenuar seu sofrimento nessa constante crise do regime capitalista, que quer passar a conta da dívida justamente para os mais carentes e oprimidos, salvando bancos e grandes empresários monopolistas. Reduzir a jornada de trabalho para 35 horas, sem perdas salariais, com boas condições de trabalho, é indispensável na luta popular que começa a tomar as ruas. Não devemos aceitar nenhum plano de demissão voluntária ou induzida proposto pelos bancos e demais empresas. Assegurar o povo trabalhando, com carga horária menor, salário corrigido e com um amplo plano de admissão pelas empresas, é o primeiro passa para a geração de mais empregos e distribuição de renda para os trabalhadores.