Quarta-feira (25), o presidente Russo, Vladimir Putin, encontrou-se com Nícolas Maduro. O encontro serviu para reafirmar o apoio de Moscou a Maduro, que vem sofrendo tentativas insistentes de golpes orquestrados pelos EUA. Embora Guaidó tenha fracassado inúmeras vezes, o governo norte-americano não desistirá em derrubar um dos últimos governos de esquerda no continente latino-americano, por isso acirraram o cerco à Venezuela a ativaram o TIAR (Tratado Interamericano de Assistência Recíproca), que na década de 80, serviu aos Estados Unidos como justificativa para apoiar a Inglaterra na guerra das Malvinas.
Putin está sob uma forte investida do imperialismo; sofrendo sanções econômicas, com constantes ameaças da OTAN, e sendo literalmente cercado pelos governos golpistas impostos nos países que cercam a Rússia. A única saída é cerrar fileiras com os países que ainda resistem aos golpes imperialistas pelo mundo. Síria, Venezuela e Iran são países chaves para contrabalancear a investida.
Putin alegou que “a Rússia apoia de forma consequente todos os órgãos legítimos da Venezuela, incluindo a instituição presidencial e o parlamento. Além disso, apoiamos o diálogo que você, senhor presidente, e o governo mantêm com a oposição. Consideramos qualquer recusa em dialogar como irracional, prejudicial ao país e uma ameaça ao bem-estar da população”.
Para Maduro, o apoio da Rússia é fundamental para a sobrevivência da Venezuela. O país não tem como sobreviver sozinho ao embargo, ainda mais agora que o continente inteiro sofreu um golpe para destituir os governos democraticamente eleitos e colocando no lugar a extrema-direita. Por isso Maduro foi a Rússia durante a Assembleia da ONU.
Para a esquerda latino-americana, defender a soberania venezuelana é ponto-chave para a sobrevivência. A queda de maduro significaria mais um governo capacho com medidas ditatoriais no continente; um aliado de menos para resistir contra a burguesia internacional.