Da redação – Nesta quarta-feira (24), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou um decreto que facilitará a concessão de cidadania russa aos moradores do Donbass, região da Ucrânia que compreende as auto-proclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk. Essas duas regiões declararam independência por ocasião do golpe da extrema-direita na Ucrânia em 2014.
Ainda em 2014, o governo Putin anexou outra região que pertencia à Ucrânia, a Crimeia, com aval de mais de 90% da população local, que votou pela anexação em um referendo popular. O decreto relativo ao Donbass provocou especulações sobre uma suposta intenção do governo russo de anexar também Donetsk e Lugansk, que têm populações em sua maioria russas, que se sentiram ameaçadas diante do golpe de 2014, um golpe que teve a participação de grupos nazistas.
O golpe de 2014 na Ucrânia foi articulado pelos imperialismos europeu e principalmente norte-americano. Um dos principais objetivos do golpe, além de roubar a Ucrânia, era cercar a Rússia e pressionar o governo de Putin, que tomou medidas defensivas diante do imperialismo, como a anexação da Crimeia.