O Ministério Público está investigando um caso de racismo que aconteceu dentro do campus da PUC-Campinas. O inquérito foi protocolado nesta última quarta-feira (18) para apurar o caso. O ocorrido se deu quando um aluno do curso de direito fez imitações de macaco, enquanto uma aluna negra recitava o poema “Me Gritam Negra”, o episódio ocorreu durante um sarau no Centro Acadêmico de Ciências Sociais.
Segundo a promotora Cristiane Hillal, o objetivo é não somente identificar o aluno racista, mas acompanhar como a universidade lida com o caso e quais são as iniciativas tomadas para combater o racismo dentro do local. O que a promotora se esquece de afirmar é que, dentro do modo de produção capitalista, o racismo não tem fim. O racismo é um dos pilares de sustentação do capitalismo, é inerente a ele, apesar das medidas que são tomadas, em grande parte, demagogia.
Os alunos envolvidos no caso de racismo tiveram que pagar multas que variavam de R$ 1,5 mil a R$ 3 mil, além de cumprirem 124 horas num programa de conscientização e vivência sobre o racismo, feito pelo Centro de Referência de Combate à discriminação Racial. Os estudantes tiveram de assistir a filmes, palestras e atender vítimas deste crime. Contudo, há de se repetir que todas as ações são pura demagogia, não eliminam o racismo da sociedade, só mascaram o problema.
Não é o Ministério Público, instituição que vive para sanar os desejos da burguesia, que é igualmente racista, que tem que tratar desses casos de racismo e expulsar os racistas, mas, sim, o movimento negro, no sentido de expulsar a extrema-direita racista não só das universidades, mas da sociedade em geral. Se deixar nas mãos do Ministério Público, a direita vai utilizar isso para perseguir os próprios negros.