Na próxima sexta-feira, 18 de outubro, em Belo Horizonte (MG), será realizada um debate sobre o projeto de lei Escola Sem Partido. O projeto foi aprovado em primeiro turno na Câmara Municipal da cidade na segunda-feira, 14 de outubro. O debate será realizado no Teatro de Arena campus PUC Coração Eucarístico e a proposta será refletir a respeito de como combater essa proposta da direita golpista.
Segundo os organizadores, todos os cursos estão convidados a participar e discutir formas de barrar a medida fascista. É o primeiro passo em direção à bancarrota da extrema-direita que já se encontra de certa forma encurralada devido à não aceitação de suas propostas pela população.
Por outro lado, a população dá mostras concretas de sua insatisfação com o governo em todos os lugares. Essa iniciativa é uma demonstração clara de que os trabalhadores estão a um passo de uma insurreição, assim como no Equador. É uma constituição gradual de uma política combativa em relação aos desmandos da direita. A luta pela democracia operária começa a tomar corpo no Brasil.
O projeto do Escola Sem Partido é mais uma armadilha fétida da direita golpista. É uma tentativa clara de atacar qualquer pessoa que possa se identificar com a esquerda. A partir deste método de censura, é possível que professores que coloquem em suas aulas qualquer tipo de crítica ao sistema capitalista sejam perseguidos. Nesse sentido, não seria necessário nem uma crítica contundente, mesmo os mais moderados dos sociais-democratas podem ser alvo de processos e perseguições.
Se a cidade de Belo Horizonte já foi referência nacional em educação, hoje em dia vive sob a ameaça de censura da direta com seu discurso reacionário. O conservadorismo que tomou conta da câmara, nesse caso, só irá perecer uma vez que os estudantes e toda a comunidade escolar estabeleçam um debate sério a respeito da necessidade de barrar o projeto de lei e se conscientizem da necessidade urgente de enfrentar os fascistas nas ruas.
Não há mordaça que resista ao grito da mobilização popular. Colocar o povo na rua e lutar pela liberdade de expressão é o passo primordial para a liberdade de ensino que possibilite uma educação pública e de qualidade. Diante disso, é preciso partir para a ofensiva. Uma vez que os estudantes tenham compreendido a necessidade de entrar em um embate sistemático e organizado com a direita golpista, as sustentações do regime irão ruir na luta.