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Esquizofrenia

PSTU inaugura uma nova forma de reformismo: o social-policial

PSTU nega o marximo e, além de defender a greve da PM no Ceará, inventam a tese de que PM é trabalhador

Após o golpe de Estado em 2016, através do impeachment de Dilma Rousseff, o PSTU faz análises cada vez mais absurdas e sobre todos os acontecimentos políticos. Com os acontecimentos na greve dos policiais militares no Ceará, além de defender as reivindicações da PM, agora elaboram a tese de que policiais militares são trabalhadores.

Um artigo publicado com o título “Menos achismo, mais marxismo: Sobre a polêmica a respeito da natureza de classe do corpo policial”, assinado por Pablo Biondi. O texto é extremamente confuso e contradiz os próprios princípios do marxismo.

Policial não é um mero servidor

O texto inicia dizendo que “o aparato repressivo do Estado, além da polícia e do exército, compreende o Judiciário, o sistema prisional e os órgãos administrativos correlatos.” Em primeiro lugar não dá para comparar um policial militar, acostumado em massacrar a população pobre e explorada ostensivamente e de maneira direta, com um soldado que fica aquartelado ou com um oficial de justiça que entrega as ordens judiciais.

É claro que todo o aparato estatal é utilizado contra a população pobre, mas um servidor do Estado capitalista não intimida uma greve ou vai atirar nos bairros pobres contra a população. Um médico ou um professor são utilizados pelos capitalistas, que controlam o Estado burguês, para manter um certo nível de saúde e profissionalização dos trabalhadores para haver maior rendimento e produtividade nas fábricas. Mas não é nada comparado ao “trabalho” realizado pelos policiais militares.

A opressão do homem pela mulher não é a mesma do policial contra a classe operária

Outro ponto, o dirigente do PSTU compara a função do policial militar com a opressão dos homens sobre as mulheres.

“Sim, assim como trabalhadores matam suas companheiras trabalhadoras em inúmeros casos de violência doméstica, e não se tornam menos proletários por conta disso.” Comparar o policial militar com o operário é extremamente equivocado. A polícia militar é o braço armado do Estado que realiza a violência, pelo terror e intimidação. Já a opressão do homem sobre a0 mulher se dá pelas questões econômicas e o domínio do homem pelos recursos financeiros da casa.

O operário não é um contratado da burguesia para oprimir a mulher como a burguesia contrata os policiais para reprimir os trabalhadores e a população explorada. A exploração da mulher não é uma questão apenas de violência, está ligada à economia. Pelas suas características naturais, a mulher acaba por desempenhar um papel econômico (criação dos filhos, cuidado do lar) que é a base da sua escravização social.

Policial não é trabalhador

“A objetividade da condição proletária é dada pelas suas condições materiais, não pelas práticas dos indivíduos proletários ou pelo conteúdo de sua atividade.” Para os marxistas, o policial é um lumpemproletário, ou seja, é uma camada do proletariado que vive sem recursos econômicos e que não tem consciência de classe.

É um proletário que se vendeu para a burguesia em troca de migalhas, as custas de estar oprimindo seus pares da sua classe de origem e manter o status quo da burguesia. E há vários exemplos desse tipo de “contratação” da burguesia para deixar mais claro. O capitão do mato no período da escravidão ou os pistoleiros contratados pelos latifundiários para defender “suas” terras.

Tem que ficar claro que o policial militar é a primeira trincheira do Estado na repressão dos trabalhadores. Isso vem há um longo período, onde são selecionados os “melhores” elementos do lumpemproletariado para a burguesia. Ou seja, com as melhores características de ódio e repressão da classe pobre e trabalhadora na defesa da burguesia, como um cão treinado e escolhido para defender suas propriedades.

Essa posição é de fundamental importância para os marxistas e há inúmeros textos explicando claramente esse princípio. O texto Questões Vitais para o Proletariado Alemão (1932), escrito por Leon Trotsky, diz “O trabalhador que se torna policial a serviço do Estado capitalista é um policial burguês, não um trabalhador. Nos últimos anos, esses policiais tiveram que lutar muito mais com trabalhadores revolucionários do que com estudantes nazistas. Esse treinamento não deixa de deixar seus efeitos. E acima de tudo: todo policial sabe que, embora os governos possam mudar, a polícia permanece.”

A matéria do PSTU é anti-marxista e serve apenas para justificar uma posição oportunista de apoio a greve e as reivindicações – como melhores condições de trabalho para o aparato de repressão estatal. Reivindicações que só resultarão na repressão dos trabalhadores, nas suas greves, nas favelas, ocupações de terra e outras medidas para manter a burguesia no poder a exploração da população.

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