Como não poderia deixar de ser, o PSTU, partido da esquerda pequeno-burguesa, conhecido pelo seu apoio ao golpe de Estado no Brasil ao levantar a palavra de ordem “Fora Todos” quando do processo farsa do impeachment da presidenta, legitimamente eleita, Dilma Rousseff, no reacionário Congresso Nacional que culminou com a fraudulenta prisão do ex-presidente Lula e consequentemente a eleição ilegítima do fascista Jair Bolsonaro, apresentou uma campanha na cidade de São José dos Campos (SP) com um caráter distracionista para mascarar a sua política pelega diante dos ataques dos patrões naquela região.
Trata-se de uma campanha de Abaixo Assinado para um Projeto de Iniciativa Popular com o objetivo de reduzir os salários dos vereadores da cidade.
Segundo o presidente do PSTU de São José dos Campos, “um vereador deve ter um salário próximo da realidade da maioria da população. Para saber e sentir na pele o preço do gás de cozinha, do combustível, da cesta básica, do transporte, do aluguel. Não pode ter uma vida de mamata, ganhando mais que um professor, enquanto a maioria do povo que trabalha ganha um salário mínimo“
A campanha do PSTU nada mais é do que uma tentativa de ocultar a política pelega e de paralisia dos “combativos” morenistas e se preocupar com questões totalmente secundárias sem qualquer importância para classe trabalhadora e a população em geral. Se preocupam em retirar um pedaço dos salários dos vereadores ao invés de reagir ao que vem acontecendo na base do sindicato do qual eles dirigem, os metalúrgicos de São José dos Campos, quando a montadora General Motors (GM) decretou “férias coletivas” (todo mundo sabe que as férias coletivas, geralmente, vêm acompanhadas de demissões e cortes nos postos de trabalha) para 1,2 mil operários da linha de produção. Nem ao menos se deram ao trabalho de soltar uma nota contra a ofensiva dos patrões que afetará, não só os operários, mas uma grande parte da população da cidade, sem falar nas famílias dos operários afetados.
Além disso insistem em diminuir os salários dos políticos ao invés de fazer uma campanha pelo aumento dos salários dos trabalhadores.
Se trata de uma campanha totalmente fora de uma realidade: se preocupar em reduzir alguns trocados nos salários de uns poucos vereadores ao invés de travar uma luta pelo que realmente interessa, a manutenção do emprego dos trabalhadores e de suas famílias.