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PSTU apoia novamente o golpe imperialista contra a Venezuela e diz que estaria junto dos fascistas contra Maduro

A situação política na Venezuela tem se agravado a cada etapa da crise. A agudização dos ataques por parte do imperialismo tem buscado, a todo custo, minar a soberania do povo venezuelano para impor a velha política de pilhagem neoliberal. As condições, portanto, têm revelado um forte apoio popular a favor do presidente Nicolás Maduro. Embora esteja patente que os interesses do imperialismo constituem a implantação de uma política de terra arrasada, alguns setores da esquerda pequeno-burguesa ainda se encontram confusos, quando não – apoiadores das ações dos EUA.

Ao publicar a declaração da Liga Internacional dos Trabalhadores (LIT-QI), o PSTU revela, mais uma vez, sua disposição em coadunar ante os interesses do imperialismo. Uma profusa desorientação tomou-lhes conta. É possível, entretanto, que o cataclismo político promovido pelo desnorteamento do partido, leve – ao fim e ao cabo -, o partido ao afogamento, à própria liquidação.

De início, o PSTU repudia a tentativa de golpe de Guaidó, mas, como sempre, se coloca como propagandista da imprensa golpista e, afirma: “Não existe nada de progressivo em Maduro. É uma ditadura comandada pela boliburguesia (grande burguesia surgida a sombra do regime chavista), que só se mantém pela dura repressão contra as massas. A fome, a miséria e os elementos de barbárie existentes na Venezuela são resultados dos vinte anos de chavismo.” De acordo com o PSTU, o imperialismo decidiu depor Maduro; não por ele ter uma postura anti-imperialista, mas apenas para evitar um novo “caracaço” contra o governo sem controle. Trata-se, não somente de uma desorientação política, mas de uma cegueira apoiada numa moral escolástica, de uma profunda capitulação ante o imperialismo, de uma política reacionária e antiproletária.

Mais adiante, o partido, novamente, denota a inépcia típica de partidos pequeno-burgueses, centristas. Nas palavras do caótico PSTU: “Um setor das massas, se aproveitando da divisão entre os militares, buscou se enfrentar direta e heroicamente contra a repressão ao redor da base aérea Carlota. Vai ficar para a história venezuelana a criminosa cena do blindado das tropas de Maduro passando por cima de manifestantes desarmados. A ditadura afogou em sangue o início de uma rebelião.” Ora, uma rebelião “desarmada” contra uma base militar? Acreditar nisso seria de tamanha ingenuidade, para não dizer insensatez. Poderíamos, em todo caso, deduzir que, possivelmente, foram os militares golpistas que haviam roubado os blindados que atropelaram os manifestantes. Ademais, sabe-se que, em geral, os manifestantes da direita estão armados, sobretudo, os que tentam invadir bases militares. Quanto à afirmação de que era o povo, basta acompanhar as manifestações a favor do governo, as quais reuniram milhares de pessoas apoiadoras de Maduro; diferente da parca mobilização dos golpistas, cuja projeção avantajada, só se materializa diante das lentes obtusas dos pequeno-burgueses do PSTU.

Por conseguinte, o PSTU revela seu apoio aos fascistas da direita Venezuelana: “Estaríamos juntos com os trabalhadores lutando juntos contra a repressão”, ou seja, como não eram os trabalhadores que estavam contra Maduro, mas sim fascistas, o PSTU diz que estaria junto com os fascistas nessa tentativa de invasão da base aérea militar de La Carlota; e mais: “Os trabalhadores e o povo venezuelano não saíram dessa vez a defender quem consideram seu governo. Pelo contrário, tentaram aproveitar para combater a ditadura assassina de Maduro.” É preciso, aqui, corrigir as distorções tipicamente argumentadas pela grande imprensa capitalista, a qual o PSTU reproduz. A verdade é que milhares saíram às ruas em apoio a Maduro. Os que tentaram derrubá-lo eram meliantes de extrema-direita.

Já conhecemos a política capituladora do PSTU, uma vez que, o mesmo chama o “Fora Maduro”, mas é incapaz de chamar o “Fora Bolsonaro”. A palavra de ordem do partido se resume a “nenhum apoio” a Bolsonaro. Se considerarmos o papel reacionário do PSTU desde o impeachment da presidenta Dilma Roussef e que a tarefa do PSTU consiste em sabotar a luta contra o golpe no Brasil e na Venezuela, pode-se dizer, sem sombra de dúvidas, que a medalha de honra ao mérito já está forjada em seu nome.

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