Recentemente, o presidente do PSOL Juliano Medeiros participou de um debate da TV 247 e falou sobre a situação política atual e sobre a política colocada em prática pela esquerda brasileira.
Quando questionado sobre a unidade da esquerda em torno da figura do ex-presidente Lula para mobilizar a população, Medeiros enrola na declaração e disfarçadamente procura mostrar que não há nenhuma possibilidade dessa unidade.
Em posição contrária, Juliano Medeiros e o PSOL se esforçam para obter uma unidade com o golpista Ciro Gomes. Em seu twitter, Medeiros diz “Hoje conversei com o companheiro @cirogomes. Discutimos a necessidade de formar um amplo movimento em defesa do serviço público e do Estado brasileiro. Vou procurar os demais líderes da oposição com o mesmo objetivo. É hora de unidade em defesa do Brasil e contra Bolsonaro!”
Há importantes grupos dentro do PSOL que se opuseram a luta contra o golpe, contra a prisão de Lula e por sua liberdade. Contudo, a posição de Juliano Medeiros é uma unanimidade entre as direções do partido, que não querem nenhum tipo de frente de luta ou de mobilização com o Partido dos Trabalhadores
O PSOL busca dessa maneira ser uma oposição “agradável” à direita golpista, para substitui o PT e especialmente a ala lulista. Não é por acaso que seu principal candidato às eleições municipais, Guilherme Boulos, está sendo impulsionado pela imprensa golpista como a Folha de S.Paulo. Boulos e o PSOL participam de maneira empolgada da frente ampla com setores golpistas, como FHC ou grupos formados por elementos do PSDB como o chamado Direitos Já!.
Essa posição mostra que o PSOL não tem uma política própria e muito menos contra a direita golpista. Seguem a orientação da burguesia em de apoiar a frente ampla, colocando os trabalhadores a reboque da direita golpista, e o isolamento de Lula e o PT.