O sítio do Psol na internet publicou matéria anunciando que um projeto de lei chamado Campanha Permanente Contra o Assédio e a Violência Sexual em estádios de futebol, proposto pela deputada estadual Dani Monteiro (Psol-RJ).
Segundo declaração da deputada para o sítio do Psol, “a implementação da lei ocorrerá por meio de uma atuação conjunta entre o Estado com as administrações dos estádios, por meio da divulgação de campanhas que expliquem sobre o combate à violência e ao assédio, e orientações sobre os canais de denúncia caso ocorram violações. Também é prevista uma formação dos agentes nos estádios para que essas ações e atitudes sejam coibidas também por meio de uma fiscalização mais sensível e atenta”.
Conforme previsto, por enquanto o projeto de lei não prevê abertamente nenhuma medida repressiva contra casos considerados de assédio. Mas duas considerações precisam ser feitas sobre mais esse projeto de lei que o Psol se orgulha de ter aprovado na Assembleia Legisslativa do Rio de Janeiro.
A primeira é a crença infantil do Psol, assim como da maior parte da esquerda pequeno-burguesa, no Parlamento. Se há algum problema, peça para as instiuições resolverem. Nada melhor do que um Projeto de Lei para combater o machismo, segundo a crença do Psol.
Assim, coloca-se uma patrulha dentro dos estádios para supostamente coibir casos de assédio. Ou seja, embora não preveja diretamente a repressão, é o embrião para uma política repressiva. No fim das contas, será mais poder nas mãos do Estado para reprimir a população.
A segunda questão que fica é: contra quem se voltará o peso do Estado no suposto “combate ao machismo”? Logicamente que será contra o pobre e o trabalhador. No fim, será instaurado dentro dos estádios um clima de perseguição.
A matéria do Psol enfatiza o fato de que as mulheres têm ido muito aos estádios, mas que assédios continuam comum nesse ambiente dominado ainda por homens.