No dia de ontem, domingo, 27 de setembro, o PSOL de São Paulo juntamente com PCB e UP deu sua largada a campanha eleitoral de Guilherme Boulos e Luiza Erundina, com a inauguração de um comitê eleitoral em importante bairro da zona leste de São Paulo, São Mateus. Com a presença de cerca de 200 pessoas totalmente aglomeradas realizaram uma breve passeata por um quarteirão da Avenida Mateo Bei, até o comitê eleitoral, após ato na praça do bairro.
A atividade do Partido Socialismo com Liberdade apenas confirma o que o Partido da Causa Operária há tempos já havia denunciado, que o que move a esquerda pequeno – burguesa não é a luta da classe trabalhadora, mas as eleições e seus próprios interesses.
Em 2018 e 2019, por inúmeras vezes comitês de luta contra o golpe e o PCO chamaram o PSOL e sua militância para a luta contra a perseguição e a prisão de Lula, foram inúmeras manifestações em São Paulo, Brasília e Curitiba, o PSOL nunca apareceu.
Entre 2019 e 2020 se colocou a necessidade da luta pela derrubada de Jair Bolsonaro, o PCO foi às ruas, chamou comitês e Partidos, o PSOL nunca participou. Em 2020 inclusive, enquanto Bolsonaro aplicou todo seu plano de destruição da classe trabalhadora, com a maior destruição de direitos que um governo já havia feito, atingindo o maior desemprego da história, ao mesmo tempo em que, impunha o maior genocídio a população brasileira com mais de 140 mil mortos, o PSOL foi o partidário do “#Fique em casa”, se posicionando contra as mobilizações de rua.
Foram obrigados a sair às ruas quando as torcidas tomaram a frente e se colocaram a disposição para expulsar o fascismo das ruas, apareceu o PSOL, não para impulsionar, mas para acabar com o movimento, acordando inclusive com a Polícia Militar e justiça, que a esquerda sairia da Avenida paulista em São Paulo, para os fascistas se mobilizarem, dois domingos por mês, numa verdadeira traição a luta antifascista.
Mas eis que chegada as eleições, com mais de 700 mortes oficiais por dia, a política do “Fique em casa” acabou e o PSOL, juntamente com o colunista da Folha de São Paulo e defensor da GCM, Guilherme Boulos com sua vice, Luiza Erundina, que tem na privatização da CMTC um dos seus feitos contra os trabalhadores, chamou sua militância às ruas para defender a política de frente ampla em São Paulo, mas é por curto período, 45 dias, aí as eleições acabam.