O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) mais uma vez dá mostras de que não pretende lutar contra a ditadura de extrema-direita que vem se instalando no Brasil desde a eleição ilegítima de Jair Bolsonaro. Dessa vez, o que o PSOL faz é apresentar um projeto de decreto legislativo para barrar o decreto do presidente fascista Jair Bolsonaro, chamado de “Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares”.
O PSOL é um dos partidos que após o golpe de estado de 2016 mais acreditaram nas fajutas instituições brasileiras que participaram ativamente do golpe de estado. Está claro que o congresso formado essencialmente por apoiadores de Bolsonaro irá levar adiante o projeto de militarização das escolas.
Nem o congresso, nem o STF e nenhuma outra instituição brasileira irá barrar algum projeto de Jair Bolsonaro, visto que todas essas instituições agiram em favor do golpe de 2016 e acabaram por levar a extrema-direita ao poder. O PSOL deveria perceber isso, pois praticamente todos os projetos da extrema-direita vem sendo colocados em prática, sem que o congresso consiga ou ao menos faça algum esforço para barrá-los. Foi assim com a reforma da previdência, por exemplo.
A luta contra a criação de escolas militares não tem que se dar por projetos no congresso, mas tem que ser feita nas ruas, mobilizando e organizando a juventude e os trabalhadores contra o projeto de Bolsonaro e pela derrubada deste governo ilegítimo, fruto de uma fraude e de um golpe de estado que promete destruir o país em favor da política imperialista. Tentar criar projetos dentro do congresso é apenas uma maneira de tentar legitimar as instituições que estão sendo comandadas pelos fascistas que chegaram ao governo.
Somente a derrubada do governo fascista, com novas eleições gerais em que todos possam concorrer é que poderá salvar os direitos da população brasileira.