Em nota, o psicanalista Roland Gori, professor émérito de universidades, fundador do movimento “Appel des Appel”, editor da Revista “Cliniques méditerranéennes”, autor de mais de 20 obras, sendo a mais recente “Et si l’effondrement avait déjà eu lieu” (E se o colapso já tivesse acontecido) de 2020, declara apoio ao Partido da Causa Operária.
Francês
“Je condamne fermement cette cyber attaque de votre quotidien en ligne et vous autorise à le faire savoir. Vous pouvez donner l’information sur ma page FB et je la partagerais.
La politique est pour moi l’espace où l’on peut s’affronter par la parole et la confrontation des idées sans s’exterminer par les actes. Lorsque commencent à émerger les autodafés des livres ou des écrits (même numériques) l’extermination des personnes n’est pas loin. Ceux qui ne tolèrent pas l’hétérogène ne tardent pas à « transformer un Etat comptant d’innombrables cellules vivantes en un raide mécanisme, des milliers d’individus avec leurs sentiments et leurs croyances en un système rigide et unique », comme l’écrivait Stefan Zweig en 1936, à propos de la théocratie de Calvin sur Genève, avec en arrière-plan le fascisme hitlérien en Allemagne.
Stefan Zweig qui avait fait du Brésil une terre d’avenir et d’espoir doit se retourner dans sa tombe face à l’intransigeance fanatique de vos milices d’Extrême droite qui persécutent la pensée. Je vous recommande chaleureusement cet ouvrage de Stefan Zweig, Conscience contre violence. Le portrait et les manières des féroces despotes sont toujours les mêmes, la même violence, le même fanatisme, la même intransigeance pour les autres et la complaisance pour eux-mêmes. Ne pas oublier: « ce sont toujours ceux qui font le moins de scrupules à violenter les croyances des autres qui sont les plus sensibles à toute contradiction.”
“Condeno firmemente o ciberataque contra seu jornal on-line e autorizo vocês a divulgarem minha manifestação. Vocês podem publicar esta mensagem em minha página e eu a compartilharei”.
Tradução revisada
“A política, para mim, é o espaço em que as pessoas podem se opor por meio da palavra e da confrontação de ideias, sem exterminar-se por meio de atos. Quando começam a aparecer os autos-da-fé de livros ou escritos (mesmo digitalizados), não estamos longe da eliminação de pessoas. Aqueles que não toleram a heterogeneidade vão logo começar a « transformar um Estado composto de inúmeras células vivas em um mecanismo duro, milhares de indivíduos com seus sentimentos e crenças em um sistema rígido e único », como escrevia Stefan Zweig em 1936, a propósito da teocracia de Calvino em Genebra, tendo como pano de fundo o fascismo hitleriano na Alemanha.
Stefan Zweig, que tinha feito do Brasil uma terra de futuro e esperança, deve dar voltas dentro de seu túmulo, diante da intransigência fanática das milícias de extrema-direita que perseguem o pensamento. Recomendo muito a vocês a leitura desta obra de Stefan Zweig: Uma consciência contra a violência. O retrato e as maneiras dos déspotas ferozes são sempre os mesmos, a mesma violência, o mesmo fanatismo, a mesma intransigência com relação aos outros e a complacência com relação a eles mesmos. Não esquecer : « são sempre aqueles que têm menos escrúpulos para atacar com violência as crenças dos outros os mais sensíveis a toda contradição ».
