A final do torneio mais rico do mundo, a UEFA Champions League, teve como vencedor o principal time do imperialismo alemão: Bayern de Munique. Contudo, seu resultado está longe de representar a superioridade do futebol europeu, mas sim, a sua enorme dependência do futebol latino-americano.
De um lado, o time alemão, vencedor graças a clássica estratégica européia: formação compacta, encarniçada, em sua grande maioria formada por “geladeiras” que servem como paredão para destruir, na força, qualquer investida habilidosa do craque brasileiro, Neymar, que liderava o ataque adversário.
Longe de grandes lampejos de habilidade, o time alemão jogava da maneira mais bruta possível, moviam-se como robôs ao ataque e a defesa, em uma formação única e pouco dinâmica. Suas principais jogadas, e seu ponto crucial para a vitória, como as goleadas feitas anteriormente, estavam longe de ser Lewandowski, o centravante polaco queridinho da imprensa, que tinha suas participações limitadas a apenas chutar ao gol. Mas sim, a habilidade de jogadores com origem africana como Kingsley Coman, Thiago Alcântara, filho de brasileiros, e por fim o próprio brasileiro Philippe Coutinho, que dinamizavam as jogadas de ataque, utilizavam-se de sua habilidade e criatividade para organizar a investida alemã.
Do outro lado, o time empresarial do Paris Saint Germain, se comportou como de costume em todo seu período de investimento capitalista estrangeiro. Um time frágil, principalmente graças a seus laterais e o inexistente meio-campo. Diferentemente da brutalidade alemã, o time francês havia chegado até a final graças a qualidade individual de grandiosos jogadores latino-americanos, principalmente do brasileiro Neymar, melhor jogador do mundo, e o zagueiro Marquinhos, grande defensor como também artilheiro. Mesmo o argentino Di Maria, longe de estar em seu auge, tinha uma habilidade nitidamente superior a qualquer bruto alemão. O restante do PSG, não era bruto, e muito menos técnico, sendo esmagados pelos alemães.
Ficava exposto que o PSG havia chegado tão longe sendo praticamente carregado nas costas por estes grandes jogadores, que no esforço individual, fizeram um time mediano chegar a final da mais disputada competição do mundo. Contudo, na fragilidade de seu meio campo, apenas existente graças as investidas encarniçadas do italiano Verrati, o ataque de Neymar e companhia ficou paralisado. Diversas foram as vezes onde Di Maria e Neymar necessitaram atravessar todo o campo para criar jogadas, como até as participações de Marquinhos no meio-campo e ataque para ajudar seus companheiros.
No fim, os únicos que ganham nesta final é o imperialismo. Neymar, o melhor jogador do mundo, já sofreu inúmeras sinalizações da imprensa burguesa que poderá perder o título, dado pelos mesmos, para o robótico Lewandowski. Contra a habilidade latino-americana, o imperialismo tenta se prevalecer com a força.