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Brasil: Rei do drible

PSG de Neymar é o time que mais dribla na Europa

O drible sempre foi uma das principais características do futebol brasileiro, o fundamento do futebol com maior relação com a cultura negra brasileira

Em ranking divulgado no último dia 11 de janeiro, o Centro Internacional de Estudos Esportivos (CIES ) classificou os clubes que tem mais frequência de dribles por jogo (tentativas). A análise contempla apenas as principais ligas do continente, isto é, Alemanha, Espanha, França, Inglaterra e Itália.

De acordo com o levantamento do CIEs, o Paris Saint-Germain, equipe de Neymar, é a melhor da Europa quando o assunto é tentar jogar bonito. Pois o PSG, lidera a tabela com uma tentativa de drible a cada 3min58s.

A avaliação do CIES traz uma análise mais aprofundada, e mostra que outros três clubes franceses, além do time de Neymar, estão entre os primeiros dez colocados: PSG (1°), Lyon (2º, com 4min07s) e Saint-Étienne (5º, com 4min09s). O Nice é o décimo, com 4min37s.

Outro dado que chama a atenção, mas não foi fruto de análise do CIES é que das 4 equipes francesas entre as 10 melhores da Europa no quesito drible, somadas elas contam com 13 jogadores brasileiros.

O PSG, além de Neymar, maior representante brasileiro no país, o clube ainda conta com a categoria de Marquinhos da seleção brasileira, volante e zagueiro no clube é ainda o capitão do time. Para fechar o clube de mais talento no Francês, há também Rafinha, Ex-Barcelona. Tem 27 anos.

Em seguida vem o Lyon, segundo melhor clube da Europa no quesito drible que tem Bruno Guimarães (22 anos, um dos destaques do clube), Lucas Paquetá (Ex Flamengo), Thiago Mendes (28 anos Ex Goiás), Jean Lucas (Ex Flamengo, 22 anos), Marcelo (Revelado no Santos, 31 anos) e Camilo (Ex Ponte Preta, 21 anos).

O Saint-Etienne, 5° melhor, conta com apenas um brasileiro, Gabriel Silva, ex- Palmeiras, fora do Brasil desde 2012 com passagens por diversos clubes, o lateral-esquerdo de 29 anos está no Saint-Etienne desde 2017.

Já o décimo melhor, o Clube Nice, da cidade de mesmo nome, conta com três brasileiros Dante, ex zagueiro da seleção brasileira. É jogador do Nice desde 2016, está com 37 anos. Robson Bambu, Ex-Santos e Athletico-PR, 22 anos. Forma a dupla de zaga titular com Dante e Danilo, Ex-Vasco, tem 24 anos.

A Inglaterra aparece logo em seguida. Tem três representantes entre os dez primeiros com mais tentativas de dribles por jogo: Fulham (3º, com 4min07s), Manchester City (6º, com 4min19s) e Wolverhampton (7º, com 4min24s).

Também no caso destes clubes, em especial o caso do 6° melhor, clube europeu em dribles, o Manchester City que tem 5 grandes jogadores canarinhos, a começar pelo goleiro Ederson  e com 4 jogadores com passagens pela seleção brasileira, Danilo – lateral, Fernandinho – volante,  Gabriel Jesus – atacante e Fred – meia-atacante.

No Wolverhampton Wanderes o brasileiro Leo Bonatini é atacante da equipe e responsável por muitos dos dribles da equipe.

Depois vem a Alemanha, com dois clubes: Stuttgart (8º, com 4min28s) e Borussia Dortmund (9º, com 4min32s). E a Espanha aparece com apenas um: Barcelona (4º, com 4min08s).

Tal ranking, com as devidas observações, comprovam e reforçam que o maior celeiro de craques do planeta é o Brasil. E isto vem da cultura do povo brasileiro, com fundamental influência dos negros brasileiros.

O drible foi invenção negra, tem relação com a própria história do futebol brasileiro, com a história de opressão que os negros receberam nos campos de futebol brasileiros, e para driblar tal opressão desenvolveram a enorme riqueza de habilidades corporais com a ginga e malabarismos de corpo e com a bola. Nos primórdios do futebol no Brasil, muitas restrições eram impostas aos jogadores negros, além disso, havia ainda a prática racista de juízes que sempre tendiam para o lado dos atletas brancos. Os jogadores negros, muitas vezs eram escurraçados e sequer falta era apitada pelos árbitros da éepoca, ao passo, que qualquer pequeno encontrão com jogador branco, a falta era assinalada em favor deste último.

O drible foi uma forma dos jogadores negros se adaptarem à situação dos jogos, uma vez que deveriam ser rápidos o suficiente para não sofrer faltas (ou realizarem inimagináveis malabarismos para passar pelo bruto jogador branco), as quais não seriam marcadas pelos juízes. Além disso, as rodas de sambas e capoeiras também foram importantes para a elaboração dos dribles, seja no movimento rápido com os pés, seja no balanço do corpo.

A história brasileira é repleta destes artistas negros da bola. Aliás, isso não é novidade nenhuma para quem acompanha futebol. O drible é negro.

Para finalizar vamos citar alguns:

Domingos da Guia, que após o mundial de 1938 foi eleito o zagueiro mais completo do mundo e recebeu no Brasil, a insígnia de “Pai da bola”, tamanha ra a sua habilidade ao levar a bola desviando-se dos atacantes que atônitos não viam a cor da pelota. Foi tão pai da bola, que gerou Ademir da Guia, seu filho que ficou conhecido no Palmeiras e no Brasil como “Divino”, sendo um dos maiores injustiçados na história do futebol nacional a não jogar como titular uma Copa do Mundo.

Arthur Friedenreich, apelidado “El Tigre” ou “Fried”, foi a primeira grande estrela do futebol brasileiro na época amadora, que durou até 1933. Friedenreich é citado por alguns historiadores como o maior artilheiro brasileiro, com 1 329 Gols superando o Rei Pelé com 1284 Gols. No entanto, não há, ao contrário de Pelé, arquivos fidedignos de tal proeza. Mas sua arte fez com que ele, após sua morte, fosse eleito em 1999 o quinto maior jogador brasileiro de todos os tempos pela Federação Internacional de Futebol e Estatística (IFFHS).

Leônidas da Silva, o Diamante Negro, craque da seleção brasileira de 34 a 38, ficou notabilizado por popularizar o lance identificado como “bicicleta”.

Edson Arantes do Nascimento, Pelé, o maior criador de dribles da história. É o grande nome da história do futebol mundial.  Participou de 4 Copas do Mundo, e venceu 3, único np mundo capaz de tal feito. São diversos títulos pelo Santos, sendo 6 Campeonatos Brasileiros, 2 Mundiais e duas Libertadores. Parou guerras na África, para o povo dos dois governos beligerantes, aplaudi-lo.

No ano 2000, foi eleito Jogador do Século pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS) e foi um dos dois vencedores conjuntos do prêmio Melhor Jogador do Século da FIFA. Nesse mesmo ano, Pelé foi eleito Atleta do Século pelo Comitê Olímpico Internacional. Segundo a IFFHS, Pelé é o maior goleador da história do futebol tendo no total 1281 gols em 1363 jogos, um recorde mundial do Guinness.

Dessa escola saíram gênios como: Didi, o maestro do primeiro título mundial da seleção brasileira em 1958; Zizinho, maior jogador brasileiro na era pré-Pelé, conhecido como Mestre Ziza; Garrincha, o anjo das pernas tortas que entortava manés pelo mundo afora; Edu, o mais novo jogador a vestir a amarelinha, entortou milhares de rivais ao longo de sua carreira no Santos e seleção; Ronaldinho Gaúcho, o mago da bola; Romário; Ronaldo, o fenômeno; Rivaldo; e para nós o maior jogador da atualidade Neymar. Muitos outros engrossam essa lista.

Esses Doutores da bola, junto com dezenas de outros grandes mestres, fundaram a única e inigualável escola do futebol arte mundial, que produziu “as centenas seus artistas na arte do drible e da bola.

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