Na quinta-feira (03), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que a dificuldade do PSDB em fazer oposição ao governo Jair Bolsonaro (ex-PSL, sem partido) reside no fato de que parte significativa do partido “namora” com o presidente.
FHC disse que Bolsonaro é politicamente forte, sabe se comunicar com a população e tem possibilidade real de se reeleger em 2020.
O “namoro” do PSDB com a extrema-direita não é novidade. Este partido, o mais tradicional da burguesia e com maiores ligações com o imperialismo, dirigiu o golpe de Estado de 2016 contra a presidenta eleita Dilma Rousseff (PT) e teve papel fundamental na organização da fraude eleitoral de 2018, inclusive na prisão política do ex-presidente Lula.
A extrema-direita fascista, no caso o bolsonarismo, é cria da direita tradicional. Os tucanos participaram do governo golpista de Michel Temer (MDB) e sustentam o governo Bolsonaro, ainda que procurem fazer uma oposição de fachada para tentar controlar o presidente fascista. A política econômica neoliberal deste último é a mesma dos governos tucanos, de retirar direitos dos trabalhadores, privatizar as empresas estatais, entregar os recursos naturais para as empresas estrangeiras e submeter o país ao controle dos bancos e do imperialismo mundial.