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Pandemia

PSDB e PSL expõe escolas e trabalhadores ao risco da contaminação

Frente a toda crise econômica e sanitária no país, ficar em casa não será solução para os trabalhadores, lutar pela defesa da vida de milhares, passa pela luta, até mesmo nas ruas.

Neste dia 16 de março, segunda feira, primeiro dia de aula, após o anúncio de suspensão progressiva das aulas, pelos órgãos dos governos do Estado e das prefeituras em São Paulo, em razão da pandemia do coronavírus, os professores da rede municipal paulistana retornaram ao trabalho com o intuito de esclarecer a população e o alunado da gravidade do problema vivido. Pois de acordo com os comunicados governamentais se segue o seguinte:
“Seguindo orientação do Ministério da Saúde(diversas prefeituras e governos do Estado) em relação ao novo coronavírus, suspenderá gradativamente as aulas na rede municipal de ensino a partir da próxima segunda-feira (16). A presença dos alunos será facultativa e faltas dos estudantes serão justificadas. As aulas serão efetivamente suspensas entre os dias 23 de março e 5 de abril.”
A epidemia que no Brasil já começa a se expandir, conforme já retratado por esse jornal, tem a séria possibilidade de ficar fora de controle rapidamente. Apresentamos aqui exemplos avulsos de algumas regiões da cidade compartilhados por redes sociais. Na região de São Mateus, uma escola particular, já anunciou a partir desta terça feira o fechamento total da unidade, em decorrência de um teste positivo, para o coronavírus, dentro da comunidade escolar.
Em outra escola, pública, os professores ao anunciarem o problema sanitário aos alunos, ouviram devolutivas em que os mesmos desacreditavam as informações dos professores, como: “Nunca teve e não tem sabonete e álcool gel na escola, sempre corremos riscos com outras doenças e agora vem com esse papo que temos de nos cuidar”.
Na rede Estadual de São Paulo, rede ainda mais precarizada em razão da destruição dos governos burgueses à educação ao longo de décadas, a direção do sindicato dos professores anunciou acertadamente o chamado aos professores de não irem para as escolas trabalhar, pois o risco é altíssimo. Como o sindicato alerta, temos milhares de escolas sem o mínimo de verbas na rede estadual de ensino em São Paulo.
Os governos de extrema direita no poder, dos municípios, passando pelos Estados e chegando ao presidente golpista da nação, já estão demonstrando praticamente, que nada de verdadeiramente efetivo será feito, pois suspender as aulas somente a partir de 23 de março, já é a aceitação de que ocorrerá proliferação do vírus entre as comunidades escolares neste período.
Outra questão é: não se combate energicamente o vírus com os trabalhadores tendo que ir para os locais de trabalho, pois como o contágio ocorrerá. Milhões de trabalhadores não podem ficar em casa. Trabalham para pagar a comida do dia seguinte, se param de trabalhar, ficam sem salário, sem comida, sem casa, sobre isso, nenhuma palavra da extrema direita inimiga do povo.
Assim a contaminação ocorrerá nos ônibus e pontos de ônibus lotados, nos metrôs e suas estações entupidas de gente, nos hospitais e postos de saúde que estão a cada dia mais abarrotados, nas fábricas (onde a legislação defende os patrões, estes se recusam a dar licença de saúde para seus funcionários), nas favelas. Eles não estão preocupados com o povo.

A continuar assim, viveremos um dos maiores pesadelos de nossas vidas. Milhares pagarão com a própria vida.
Os governos, com suas estimativas extremamente otimistas, colocam o contágio entre 1 e 10% da população, isso em São Paulo, se expandirmos esse valor para o País, falamos de números de 2,3 a 23 milhões de pessoas.
No entanto, se nos basearmos em países como a Itália, onde o governo nacional da terra da bota, chegou a afirmar que a contaminação pode chegar a 60% da população, com um rápido cálculo da situação em 16 de março, onde o país tem 24.747casos confirmados e 1809 mortes, temos cerca de 7% de mortalidade no país europeu. Levando-se em conta que os equipamentos hospitalares na Itália são proporcionalmente, mais adequados àquela população, que no caso do Brasil, onde o sucateamento da saúde atinge o fundo do poço, podemos temer que no Brasil, estes índices, facilmente atingirão cifras muito superiores. Num país de dimensões continentais como o Brasil e com cerca de 212 milhões de habitantes, se a contaminação chegar a 60%, teremos cerca 120 milhões de pessoas contaminadas, se tivermos 7% de mortalidade, serão 14 milhões de mortos.
Portanto, a tarefa do momento, para os trabalhadores, não é ficar simplesmente em casa, confiando em governos que não mexerão uma palha para construir imediatamente dezenas de hospitais pelo país, que não contratarão mão de obra na saúde para enfrentar a enfermidade, esperar pode significar o nosso caixão. Sendo assim, a tarefa do momento é ir às ruas contra o governo Bolsonaro. É gritar fora Bolsonaro, como começaram a fazer os moradores dos edifícios da Capital paulistana, na noite do dia 15 de março, mas é principalmente lutar para derrubar este governo inimigo do povo. Fora Bolsonaro!

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