O Estado de Israel continua promovendo ações militares no Líbano. Mais uma vez a provocação foi com envio de drone. Nesta segunda-feira, 1º de fevereiro, mais um drone da Força Aérea de Israel, em atividades ditas operacionais na fronteira entre os países, foi derrubado no sul do Líbano. O grupo Hezbollah assumiu a responsabilidade pela queda do dispositivo não tripulado. As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram a informação da queda, mas não explicaram as causas do acidente. A FDI disse ainda que não existe possibilidade de perda de dados de inteligência. O aparelho, com capacidade para operar durante a noite, é, segundo a FDI, um modelo pequeno e usado em missões simples.
Esse incidente ocorre em momento tenso entre o Hezbollah e Israel, que é acusado de assassinar um membro do grupo islâmico, em ataque aéreo à Síria em julho do ano passado. O Hezbollah jurou vingança e de lá para cá os israelenses vivem em constante estado de alerta, mas promovendo essas invasões no espaço aéreo dos países vizinhos.
O Líbano também vive em tensão. Em 4 de agosto de 2020, o país sofreu uma violenta explosão em depósito de nitrato de amônio, cujos responsáveis ainda não vieram à tona. Com mais de 191 mortos, 6,5 mil feridos, prejuízo financeiro de cerca de 15 bilhões de dólares, muita demagogia por parte das potências europeias e quase nada fora feito para reconstruir Beirute, capital do Líbano.
Breve histórico do Hezbollah contra o imperialismo
O Hezbollah, partido de Alá em árabe, é uma organização política paramilitar, chamada de xiita, transnacional, que fora fundada antes da Revolução Iraniana de 1979. No Irã auxiliou o líder Khomeini, atuou nas ruas e confrontou os contrarrevolucionários.
O Hezbollah no Líbano tem uma importante atuação em serviços sociais, em educação, saúde e agricultura. É um movimento de resistência, aprovado por boa parte do mundo árabe e islâmico. Já alguns países imperialistas como Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e Israel, dentre outros, consideram o Hezbollah como uma organização terrorista. A União Europeia também assim o considera em relação ao seu braço armado.
No Líbano o Hezbollah surge em 1982 como uma milícia em resposta à invasão de Israel ao país e assim resistiu por muito tempo.
De pequena milícia, hoje o partido do Hezbolah já tem assento no parlamento libanês, programas sociais, rádio e televisão.
Nos anos 2000 o Hezbollah levou Israel a desocupar o sul do Líbano, ganhando muita popularidade entre os xiitas, mas tem sido criticado pelos sunitas devido ao seu envolvimento na guerra civil da Síria, em apoio a presidente nacionalista Bashar Al Assad (presidente sírio que está há 20 anos no poder).
É preciso se opor a todo tipo de ingerência imperialista e sionista no Oriente Médio, que tem como objeto submeter os países atrasados através da instabilidade política e da violência. Os países dessa região só podem se desenvolver sem a manipulação e interferência dos países imperialistas.