Com milhares de pessoas nas ruas, o Líbano arde em protestos. O pacote de impostos atrelado à politica de austeridade do governo libanês tem movido o povo à se colocar em protesto contra todas as medidas econômicas nos últimos dias.
Este domingo (20) foi o quarto dia de intensos protestos. O estopim das mobilizações se deu na quinta-feira (17), após o anúncio de uma tarifa para ligações feitas pelo aplicativo Whatsapp. Embora o governo tenha voltado atrás e cancelado a medida, o povo não saiu das ruas e se mantém em protesto.
Em meio a difusão dos protestos, já no sábado (19), houve o rompimento do laço entre um partido cristão libanês que anunciou sua retirada do governo de coalizão. Por conseguinte, à noite, o partido Forças Libanesas, aliado do primeiro-ministro Saad Hariri, anunciou a renúncia de seus ministros. “Estamos convencidos de que o governo é incapaz de tomar as medidas necessárias para solucionar a situação. Consequentemente nosso bloco decidiu pedir a seus ministros que renunciem”, afirmou o líder, Samir Geagea.
Por outro lado, o líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah, em seu primeiro pronunciamento no sábado, reafirmou seu apoio ao governo e disse: “Não queremos que o governo renuncie se esta saída significa que não há governo”.
Não há dúvidas que há uma intensa crise política no Líbano e que, em todo caso, os libaneses expressam um grande descontentamento com a crise econômica do país. Resta-nos saber, portanto, o desenvolvimento em que se encontra a luta pelo poder político.