A onda de protestos avança no Haiti. Nesta segunda-feira (14), o povo compareceu às ruas a renúncia do presidente Jovenel Moïse (Parti Haïtien Tèt Kale). A marcha, dirigida aos bairros ricos, foi acompanhada de barricadas com pneus queimados.
Já não é novidade que a população haitiana tem mostrado grande insatisfação com o governo. Os protestos entraram na sexta semana e prometem dar continuidade. Porto Príncipe, capital do país, tem se tornado, quase que diariamente, um campo de batalha entre a população e a polícia. Além da capital, em outras cidades e no campo, a interrupção das vias de transporte, empresas e escolas tem promovido uma mudança no cotidiano dos 11 milhões de habitantes do país. De acordo com a mídia, ao menos 18 pessoas já morreram em confrontos com a polícia.
Os problemas relativos à falta de combustível, a alta inflação e a falta de água potável aliada à escassez de alimentos irrompeu a insatisfação popular, levando o povo às ruas. É sabido, também, que uma campanha em torno de uma suposta corrupção envolvendo a Petrocaribe – figura como tema central nos protestos; o que, naturalmente, levanta grandes suspeitas de uma ingerência do imperialismo para sabotar a tentativa da Venezuela e dos países caribenhos construírem uma relação econômica independente sob a base do petróleo.