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Armamento da população

Protestos no Equador mostram a necessidade do armamento da população

As massas populares têm o direito de se armar contra a burguesia e seu Estado

Os gigantescos e massivos protestos insurrecionais de massas que ocorrem no vizinho Equador há mais de dez dias colocam para o conjunto dos movimentos e dos partidos representantes da esquerda latino-americana um conjunto de questões que exigem não só uma reflexão, como principalmente uma tomada de posição, ou melhor, uma mudança de postura, necessárias ao avanço da luta organizada da classe operária contra os seus algozes, seus inimigos, internos e externos, vale dizer, a burguesia dos próprios países e o inimigo maior comum a todos os povos oprimidos, o imperialismo mundial.

As notícias e imagens que chegam do Equador em tempo real demonstram, sem disfarces e sem qualquer maquiagem, o que verdadeiramente está acontecendo no país andino, que não pode ser visto como outra coisa senão uma avassaladora rebelião popular, operária e indígena contra um governo que é, em todos os sentidos, um fantoche, um títere do imperialismo. O pacote de medidas baixado pelo governo de Lenin Moreno é a aplicação do receituário do FMI para o país. Um ataque em regra à economia do Equador, aos direitos e conquistas das massas populares, em favor dos bancos, da burguesia e das oligarquias reacionárias equatorianas.

Uma das características que vem marcando os protestos que acontecem nas principais cidades do país, mas principalmente na capital, Quito, são os violentos e contundentes enfrentamentos com as forças de segurança governamentais, a polícia e o exército equatoriano. De um lado centenas de milhares de populares, operários, camponeses, indígenas e outros setores da sociedade, mas em geral e em sua imensa maioria gente pobre, do povo, “armados” com o que encontram pela frente, paus, pedras, pneus e outros objetos. Do outro lado, armados de fato, estão as forças repressivas do Estado, com todo o armamento (revólveres, fuzis, metralhadoras, tanques, bombas, etc).

A reflexão e discussão fundamental que se coloca diante dos acontecimentos que neste momento têm lugar e se desenvolvem no Equador diz respeito à necessidade de superação da politica infantil e pequeno-burguesa defendida por amplos setores da esquerda latino-americana, que é a recusa em defender o armamento da população, diante dos embates que a luta de classes coloca em relevo e que opõe os interesses irreconciliáveis das massas populares aos da burguesia continental.

O que se pode constatar claramente nos acontecimentos que vem ocorrendo no país andino é que se as massas populares que estão nas ruas em confronto com as forças policiais estivessem exercendo o seu legítimo e democrático direito ao armamento, o desfecho dos fatos e da luta social de massas no Equador estaria decidido em favor da vitória do povo, dos trabalhadores, dos operários, dos camponeses, dos indígenas. Mesmo estando em enorme desvantagem do ponto de vista do enfrentamento, uma vez que somente um lado encontra-se armado (as forças de repressão do Estado), o povo, ‘armado” com objetos não letais, já infligiu grandes derrotas às forças policiais, demonstrando a superioridade e legitimidade da luta do povo contra os opressores.

Portanto, o desenvolvimento da luta de classes coloca o armamento da população como um direito não só democrático, como absolutamente legítimo e necessário do povo diante do acirramento da luta social, da oposição entre os interesses da burguesia, do imperialismo e, no momento atual, da extrema direita e, de outro lado, os interesses da classe operária, dos trabalhadores e das massas populares. Se opor a este direito elementar é condenar os oprimidos ao massacre e ao banho de sangue que os inimigos do povo estão sempre prontos a promover.

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