Sindicatos e trabalhadores realizaram uma marcha nesta quarta-feira (29) contra a reforma trabalhista na Cidade do Panamá capital do país.
A retirada de direitos trabalhistas está sendo proposta pela entidade patronal Câmara de Comércio, Indústria e Agricultura do Panamá. No dia 13 de julho, o projeto de reforma trabalhista foi apresentado na Assembleia Nacional. Diversas conquistas históricas da classe trabalhadora são retiradas, o que acirrou a luta de classes no país centro-americano.
O Panamá é um dos países mais desiguais do mundo. Antes da pandemia do COVID-19, quase metade dos panamenhos se encontrava na situação de informalidade laboral. Estima-se que a taxa de desemprego vai subir 20% nos próximos meses e 230.000 contratos de trabalhadores devem permanecer em suspenso.
O projeto de reforma trabalhista acaba com a estabilidade no emprego e permite demissões até 31 de dezembro deste ano. Além disso, a licença-maternidade é extinta. Os trabalhadores denunciam a imposição da reforma, que não foi discutida com suas entidades políticas e sindicais.