No dia 26 novembro, a Polícia Militar de São Paulo cometeu outro assassinato de um jovem negro na periferia de São Paulo. Desta vez a vítima foi o jovem que se chamma Wenny, de apenas 18 anos. Segundo informações de moradores, familiares e testemunhas que presenciaram toda ação da policia militar, o jovem foi executado dentro de uma casa na frente de duas crianças; “Ele foi morto à queima roupa, ele já tava rendido, os policiais levaram-o para o banheiro mandaram ele tirar a camisa e em seguida atiraran covardemente”, disse um morador da comunidade de Vera Cruz em São Mateus, na Zona Leste de São Paulo, onde ocorreu a execução.
A Polícia Militar de São Paulo de João Dória (PSDB) forjou mais uma vez uma suposta resistência armada da vítima, alegando que o jovem teria ameaçado a integridade física dos policiais. Mas, segundo o relato dos moradores, o jovem estava rendido e não teve chance de se defender diante da covardia dos policiais.
A alegação de que haveria uma resistência, ou “auto de resistência” como ficou conhecido, é um procedimento padrão utilizado por décadas pela polícia militar para esconder as milhares de execuções à queima roupa realizadas pela PM todos os meses. Como uma forma de fazer demagogia diante do genocídio direcionado contra os trabalhadores, moradores da periferia, pobres e especialmente negros, a polícia supostamente eliminou o “auto de resistência” da corporação. Entretanto, continua forjando a mesma situação de resistência para justificar os assassinatos. Frequentemente as testemunhas têm medo de testemunhar contra a polícia, por medo de represálias e o que acaba acontecendo é que prevalece a versão dos assassinos.
Como protesto diante de mais uma execução cometida pela PM moradores da região protestaram e interditaram a avenida Sapopemba por horas, tacando fogo em objetos como forma de bloquear o trânsito e demonstrar a revolta diante da perda do jovem negro para o braço armado do Estado.
Fotos dos protestos realizados pelos moradores em São Mateus, Zona Leste de São Paulo.
O governador João Dória do PSDB, que governa o Estado de São Paulo há 30 anos é responsável direto por mais essa morte e pela chacina que levam ao assassinato de mais pessoas no estado de São Paulo durante um ano, mais do que a pessoas são assassinadas em todo Estados Unidos da América durante cinco anos.
É preciso lutar pelo fim da polícia militar, um braço armado fascista que realiza uma guerra e um genocídio contra o próprio povo. Não há defesa da lei, da justiça pela PM, mas a violência simples e pura contra o povo pobre e a defesa dos milionários que cada vez mais empurram o povo para uma vida miserável e sem direito algum.