Na Universidade Federal do Amapá (Unifap), alunos ligados aos diretórios acadêmicos (DCE) e Central dos Estudantes (DCE) fizeram protestos pelas redes sociais cobrando da reitoria maior diálogo com os discentes. Eles relataram que o reitor Júlio Sá, atual administrador da universidade, está deixando os estudantes sem voz.
Após uma reunião previamente agendada entre reitoria, estudantes do curso de saúde e integrantes do DCE ser cancelada sem motivos, os alunos decidiram mobilizar nas redes denunciando a atitude autoritária da direção da UNIFAP. Foram utilizadas as hashtags #unifapsemreitor e #estudantessemvoz.
Primeiramente, os alunos não estavam protestando por uma questão democrática dentro da universidade, mas sim pelo retorno dos estágios dos cursos de saúde que estão próximos de formar, mas a insatisfação popular tomou conta dos estudantes e forma-se aí uma disposição que pode muito bem se desenvolver nos espaços físicos e por interesses mais definidos.
Os estudantes não devem se limitar a atos virtuais e com pequenas pautas, mas por reivindicações imediatas como a proposta da suspensão do ano letivo, que é a expressão legítima dos estudantes pobres. Portanto, há necessidade que a UNE e a UBES percebam isto e mobilizem para o rompimento total com a política de educação da direita, que já provou ser inimiga dos estudantes em conjunto.
Dentro da UNIFAP, por exemplo, seria possível utilizar a infraestutura dos cursos de Enfermagem, Fisioterapia,Farmácia e Medicina como centros de vacinação da população contra o covid-19. Mas é preciso lembrar que os atos virtuais, ainda que como expressão da insatisfação dos estudantes são muito limitados diante do aparalhamento das instituições pela extrema-direita.
Em resumo, os atos precisam se desenvolver para as ruas e por pautas que passem, evidentemente, pela derrubada do governo golpista. Fora Bolsonaro, pela autonomia universitária, contra a destruição do ensino público!