A queda vertiginosa nas condições de vida do povo brasileiro, causada pelo golpe de 2016 e seus precedentes, é apontada como principal responsável por um fenômeno que atingiu com força o mercado imobiliário: a retomada de imóveis financiados pelos bancos. Em quatro anos e meio, houve um crescimento de 745% deste evento econômico com nefastos efeitos sociais.
Traduzida em cifras, a “devolução” (melhor designada por “tomada”) representa mais de R$ 13,7 bilhões em imóveis cujos contratos foram descumprido por inadimplemento do devedor. São cerca de 70 mil imóveis. Como a Caixa Econômica Federal é o principal facilitador da compra de imóveis populares no país, a maior parte das devolução ocorreram para esta instituição.
Mantida a crise, há a possibilidade de que uma desvalorização imobiliária geral aprofunde ainda mais os efeitos negativos no setor. Via de regra, as crises financeiras imposta pelo sistema capitalista afetam grandemente o mercado imobiliário, seja através das paralisações na construção civil ou das devoluções dos bens financiados e hipotecados. Tal fato gera um efeito dominó em cadeia em todas as atividades econômicas, inclusive na saúde financeira dos bancos, que obrigam todo o estado a verter esforços em nome de sua recuperação. A crise norte-americana que se alastrou pelo mundo no final da década passada, inclusive, tem em sua origem algo semelhante ao que acontece atualmente no Brasil.
Tudo isso só reforça a necessidade de afastar o golpe de estado e trazer para as mãos do povo o controle de todos os bancos. Só assim a riqueza produzida pelos trabalhadores deixará de servir à gana inconsequente dos grande capitalistas.