Da redação – Nesta quinta-feira (05), a Federação Colombiana de Trabalhadores da Educação (Fecode) anunciou uma nova greve nacional para o próximo dia 12.
A ação será promovida para denunciar os ataques que os professores vêm sofrendo desde o início do ano. Até agora, dez docentes foram mortos e 700 já foram ameaçados, muitos deles por serem líderes sociais e sindicais. Ou seja, tratam-se de ataques fascistas por parte da direita colombiana contra os trabalhadores da educação.
Diretores da Fecode estão entre as vítimas de ameaças contra suas vidas, vindo principalmente através de uma campanha sistemáticas nas redes sociais e de correio eletrônico.
Uma delas ocorreu entre os dias 2 e 3 de setembro, quando a secretaria-geral do sindicato recebeu mensagens ameaçadoras e um panfleto da organização paramilitar de extrema-direita Águias Negras atacando o Comitê Executivo da Fecode.
“A situação é grave e preocupante, em particular porque o governo nacional, tal como sucede com os líderes sociais, não assume sua responsabilidade de velar pela integridade e proteger os direitos do magistério colombiano”, denuncia a instituição. De fato, o governo de Iván Duque é um governo de extrema-direita, ligado aos paramilitares que causam terror no campo e nas favelas colombianas. São centenas de líderes sociais e de direitos humanos assassinados nas mãos do Estado colombiano nos últimos anos.
Na semana passada a Fecode já havia realizado uma greve de 48 horas por melhorias no sistema de saúde dos professores, da qual milhares de docentes participaram.