Os professores continuam mobilizados contra o ataque de Carlos Roberto Massa Jr. aos professores, alunos e funcionários do ensino público do Paraná, desde quando o fascista do PSD vem tentando impor escolas militarizadas, além de preparar um corte de cerca de 30 mil desses educadores e funcionários.
No dia 18, os professores e funcionários ocuparam a Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP). Ratinho Jr. quer transformar 232 escolas do Estado em escolas militarizadas, que a categoria classificou como Escola com Fascismo, ou seja, geridas por militares, tanto administrativa como pedagogicamente. E se aproveitando da situação quer fazer uma limpa de professores e funcionários que poderão ser demitidos devido às medidas que vêm sendo tomada juntamente com a militarização das escolas, pelo fascista Ratinho Jr. através de edital 47/2020, onde quer impor a realização de prova objetiva à seleção de professores e funcionários, o chamado Processo seletivo simplificado (PSS).
Na última quinta-feira (19), um dia após a ocupação, os professores e funcionários saíram da ALEP pela manhã, no dia anterior, a justiça, braço direito do fascista Ratinho Jr. emitiu um mandato de desocupação, o qual determinava multa diária de R$ 30.000, no entanto, a APP sindicato acabou cedendo à pressão.
Apesar disso, os professores e funcionários determinados a não deixar a mobilização arrefecer, decidiram acampar no em frente ao Palácio Iguaçu, no Centro Cívico e fazer greve de fome que, ontem completou 96 horas, quatro dias.
Uma grande parcela dos trabalhadores terceirizados não chegam a receber nem o salário mínimo regional, que hoje corresponde à R$ 1.077,00 e esses trabalhadores, devido ao final do ano, encerrarão os contratos, correm o risco de sua grande maioria ficar até mesmo sem essa mixaria.
Porém, a direção da entidade sindical APP sindicato prefere, ao invés de impulsionar a mobilização dos trabalhadores diante do brutal ataque do governador bolsonarista do Paraná, tentar o “diálogo”, numa capitulação sem tamanho contra os professores e funcionários, a exemplo do ofício emitido e endereçado ao Ratinho Junior, que não considerava questão de estado os ataques anteriores das 232 escolas militarizadas, por exemplo, mas somente após o edital 47.
Veja trechos do ofício da CUT ao Ratinho Jr:
“A Central Única dos Trabalhadores – a CUT Brasil acompanhando atentamente o desenrolar dos acontecimentos referente às discussões que a Categoria dos Professores e funcionários de Escolas das Públicas do Estado do Paraná e sua entidade representativa a APP/Sindicato travam junto ao governo do Estado, com relação a não realização da Prova do PSS e também a outros temas relativos a progressões e promoções que a base da educação pública tem pautado sem sucesso junto ao governo do Estado.
Porém, no caso da Prova do PSS a situação saiu do âmbito do controle da Secretária Estadual de Educação e virou problema de Estado, aguardando resolução por parte da Casa Civil do Estado do Paraná. Assim como a responsabilidade política pela Greve de Fome iniciada há mais de 96 horas (quatro dias) por parte de 47 professoras e professores oriundos de diversos núcleos sindicais que compõem a APP/Sindicato, incluindo entre os grevistas o próprio presidente da APP o professor Hermes Silva Leão, e também a professoras Taís Adams membro da Executiva da CUT no Estado do Paraná”.
Mobilizar para a greve
Está bastante evidente que não há diálogo com o governo golpista, portanto é preciso organizar a categoria que, aliás, está bastante radicalizada, mas colocar todos os seus recursos na mobilização dos professores e funcionários, para impor uma derrota ao projeto fascista de militarização das escolas, a derrota da prova para PSS e mais, a realização de concursos públicos para suprir os quadros insuficientes de professores e funcionários na Escola Pública do Paraná.