Professores e auxiliares administrativos da Universidade Metodista, em São Bernardo do Campo, unificaram a luta e marcaram para o primeiro dia de aula após as férias, nesta segunda-feira (12), uma assembleia para definir ações pois estão dois meses sem salários, sem garantia de direitos básicos, como vale alimentação e refeição, e nem os depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) foi assegurado.
A universidade não pagou os salários, assim como os vales refeição e alimentação, mantendo uma posição de falta de diálogo básico, sem dar qualquer satisfação, até o dia 10 de julho. A atitude ditatorial foi determinada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT2), demonstrando que a justiça do governo golpista sempre estará ao lado da empresa e não dos trabalhadores.
“É um desrespeito sem tamanho da empresa com os professores e funcionários. A universidade não cumpriu o acordo coletivo de dissídio e nem está preocupada se os trabalhadores estão sem salários e sem direitos. […] A irresponsabilidade da Metodista junto aos professores é tão grande que tem caso em que o empréstimo consignado é descontado no holerite e não é repassado para o banco, assim como acontece com o FGTS da categoria que a Metodista desconta do salário e não repassa para a conta individual do trabalhador na Caixa, há quase cinco anos”, disse o presidente do Sindicato dos Professores de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do ABC (Sinpro-ABC), José Jorge Maggio.
Esta situação é absurda. Os trabalhadores estão sem receber dois salários e a CUT denunciou ainda que, com a promessa de receberem os salários de junho em 10 de julho, alguns professores fizeram acordos em bancos para pagar dívidas e não estão conseguindo cumprir seus compromissos. Agora, além de não terem dinheiro para pagar as contas básicas e sobreviver, estão devendo ao banco e é assim que a direita escraviza os trabalhadores nas mãos dos banqueiros.
Para finalizar, a CUT denuncia em seu site que a situação dos auxiliares administrativos também é horrível, pois eles não têm dinheiro nem para ir trabalhar e até os demitidos estão sendo prejudicados. O pagamento das rescisões não foi realizado e de acordo com informações do sindicato, a empresa já deve quase R$ 10 milhões em rescisões e fundo de garantia.
Essa é a história que vai começar a se repetir cada vez mais no golpe de Estado. Empresas falidas para beneficiar empresas internacionais. Trabalhadores jogados na miséria sem ter seus direitos mais básicos assegurados, já que agora nem a CLT existe mais e, ainda mais, com Bolsonaro tentando destruir os sindicatos.
Essa é a importância da luta para derrubar o golpe, Bolsonaro, os militares e conquistas os direitos dos trabalhadores nas ruas.