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Crise continua

Produção industrial tem pior queda desde o golpe de 2016

Produção industrial encolheu em 2020 e aponta para uma recuperação fraca e demorada, mantendo desemprego e miséria

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (2/2) que a produção industrial brasileira encolheu 4,5% no ano passado. É o pior desempenho desde o golpe de 2016, quando ocorreu um recuo de 6,4%. Essa redução amplifica a queda de 1,1% ocorrida em 2019.

No último mês houve um ligeiro crescimento geral da indústria. “Três das quatro grandes categorias econômicas e 17 dos 26 ramos pesquisados tiveram alta nos números de dezembro em comparação com novembro.(…) O desempenho do setor [de veículos automotores] em dezembro contribuiu também para a alta da metalurgia, que cresceu 19%, sexta taxa positiva seguida, acumulando alta de 58,6% desde julho. Esse segmento atua bastante na produção da indústria automobilística. Apesar disso, o segmento de veículos foi a maior influência negativa no acumulado de 2020 contra 2019, com queda de 28,1%. A metalurgia também marcou retração, de 7,2%. Também cresceram em dezembro máquinas e equipamentos (6,0%), produtos têxteis (15,4%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (11,5%), produtos de borracha e de material plástico (4,8%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,4%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,7%) e produtos de metal (2,9%). Por outro lado, recuaram os segmentos de produtos alimentícios (-4,4%), bebidas (-8,1%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,3%).” (Folha de S.Paulo, 2/2/21)

Esses números apontam para a permanência da crise por mais algum tempo, com pequenas recuperações e instabilidade geral. Mas o que esses números genéricos não mostram é que o declínio da produção industrial no Brasil vem desde a implantação de políticas neoliberais nos anos 1990. E, mais ainda, não mostram que o fechamento de fábricas em algumas cidades está colocando operários no olho da rua sem qualquer perspectiva de que retornem a algum trabalho semelhante e com o mesmo salário.

Em janeiro, a saída da Ford e da Mercedes Benz foram marcos importantes. Para o economista e professor da USP Paulo Feldmann isso não vai parar por aí. A continuar sem uma política industrial, “esse movimento deve se alastrar: outras multinacionais vão abandonar o Brasil” (Carta Capital, 12/1/21).

O cenário internacional neste momento não aponta para tempos de crescimento da economia brasileira. A recente eleição de Biden nos EUA aponta para a perspectivas de novas guerras econômicas e pressões contra países atrasados, começando pelo quintal estadunidense.

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