Sete integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo apresentaram ao Procurador-Geral da República, Augusto Aras, um pedido de desligamento coletivo da operação. Os sete integrantes são Guilherme Rocha Göpfert, Thiago Lacerda Nobre, Paloma Alves Ramos, Marília Soares Ferreira Iftim, Paulo Sérgio Ferreira Filho, Yuri Corrêa da Luz e Janice Agostinho Barreto Ascari, a coordenadora da força-tarefa em São Paulo.
No pedido, eles alegam incompatibilidades com a procuradora natural dos casos da Lava Jato, Viviane de Oliveira Martinez. O grupo estava em conflito com Martinez, que assumiu o braço da Lava-Jato em São Paulo no mês de março.
Martinez pediu que uma operação que investigava o ex-governador José Serra (PSDB) fosse adiada. Apesar do pedido, Serra foi denunciado em julho. Contudo, uma determinação do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu a investigação.
A Lava Jato, uma operação golpista que contou com a participação de 13 agentes do FBI e firmou acordos secretos com o departamento de Estado, está cada dia mais desmoralizada. Ela foi organizada para derrubar o governo Dilma Rousseff (PT), reformular o regime político para permitir a ascensão da extrema-direita bolsonarista e destruir as organizações de esquerda, em especial o Partido dos Trabalhadores. A prisão política do ex-presidente Lula e a fraude eleitoral de 2018 aconteceram graças à ação política da Operação.
O pedido de desligamento coletivo dos procuradores em São Paulo acontece um dia após Deltan Dalagnol, coordenador da Lava Jato em Curitiba, anunciar sua saída da força-tarefa. Ele responde a dois processos disciplinares no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), um deles versa sobre o Power Point de Dalagnol que acusa o ex-presidente Lula de ser um chefe de quadrilha.
O “combate à corrupção” nunca passou de um pretexto cínico para encobrir o verdadeiro sentido de suas ações, pois se tratava da ingerência direta de uma potência estrangeira na política interna do país.