Com o anuncio da possível aprovação da medida que visa permitir a privatização de toda a água em território nacional, entregando diretamente os recurso às grandes empresas imperialistas, uma série de denuncias passaram a surgir por todos os locais, vindas da população, demonstrando pela prática o crime que está sendo realizado contra o povo brasileiro.
Em Manaus, a privatização da água já é uma realidade. No ranking das dez piores cidades em coleta de esgoto, Manaus tem seu saneamento básico e toda água privatizadas. Os “benefícios” dados a população com isto não foram o baixo preço da água, e muito menos a satisfação de seus clientes com o grande poderio capitalista, mas sim o fato de que apenas 12,43% da população tem acesso ao minimo de recurso, chegando ao ponto de estar pior que Belém e Macapá, cidades com grande pobreza, e sobretudo a primeira, com grande nível populacional.
Se há aqueles que venham comentar que a ação não é mágica ou imediata, vale lembrar que a privatização da água na capital do Amazonas não é de hoje, mas sim, desde o ano 2000, 20 anos atrás!
Como era de se esperar, o saneamento privatizado de Manaus vem a liderar o ranking de reclamações. Porém, aqui estamos falando de Manaus, uma capital conhecida por sua pobreza em um país atrasado. Mas, se nos dermos a pretensão de nos compararmos com a qualidade de vida dos países imperialistas não conseguiremos também muitos resultados.
Em todo mundo mais de 260 cidades desprivatizaram seus serviços de água, inclusive Paris. O argumento é o básico, os serviços pioraram consideravelmente e ainda por cima viraram mais caros, por fim, a única solução foi estatizar novamente.
O mesmo aconteceu com Berlim, Budapeste, Bamako (Mali), Buenos Aires, Maputo (Moçambique) e La Paz. Todas tem consigo as mesmas respostas “problemas reincidentes”, “serviços inflacionados”, “ineficientes”, “não cumprem promessas feitas”, entre mil e uma questões.
É justamente para este caminho que segue o Brasil, sendo levado pela política de destruição nacional que levará, em plena pandemia, a falta de acesso a um recurso básico para milhões de brasileiros.