A política neoliberal de Bolsonaro e seus asseclas golpistas não tem limites. O ministro da economia, Paulo Guedes, nunca escondeu sua intenção em dilapidar todo o patrimônio nacional e, desde o início da campanha eleitoral que colocou Bolsonaro no governo através de uma gigantesca fraude, tem mantido a promessa de entregar tudo aos capitalistas. Desta vez, o ministro intenta contra a Petrobras e aponta para o desmonte do controle da empresa brasileira sob o setor de gás.
A falácia neoliberal segue a velha cartilha dos boçais anacrônicos e lacaios do grande capital. Segundo Paulo Guedes, ao apresentar, nesta segunda-feira (24), resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), a quebra do monopólio da Petrobras sobre o mercado de gás natural no Brasil, pode contribuir para uma redução de 40% no preço da energia em menos de dois anos. Ainda segundo o ministro, o Brasil já quebrou o monopólio na produção e agora vai quebrar também o da distribuição. O ministro reitera a falácia dizendo que o PIB industrial subiria cerca de 10,5% caso a redução do preço do gás chegue a 50%.
O ministro citou que, caso o plano dê certo, a mineradora Vale – responsável pela morte de inúmeras pessoas – tem planos de investir 20 bilhões de dólares. Essa declaração demonstra, portanto, o caráter entreguista e lesa-pátria do ministro que nunca escondeu suas ligações com o mercado financeiro e com o grande capital internacional. Trata-se, sobretudo, de uma descarada transferência de capital e do controle de setores estratégicos da economia nacional para as mãos de empresas que colocam o lucro acima da vida de centenas e até milhares de pessoas.
Em suma, a questão primordial consiste em destruir a Petrobras, quebrando o monopólio da empresa sob o gás natural, visando, acima de tudo, a entrega de toda a economia nacional para o estrangeiro. Nada garante que haverá uma redução no preço do gás, uma vez que a população não poderá exercer nenhuma forma de controle sob esse recurso natural chave, seja sob sua produção, distribuição ou preço. A tese de Paulo Guedes não tem o mínimo de base de sustentação, pois as empresas privadas e estrangeiras dominaram o mercado através de trustes e, assim, controlam todo o mercado – desde a produção, distribuição ao preço final. Já vimos essa situação anteriormente em diversos setores antes privatizados [governo FHC 1995–2002], como a telefonia e energia. No final, pagamos uma das tarifas mais altas do mundo por um serviço de péssima qualidade, enquanto os grandes capitalistas sugam o dinheiro do povo.
É preciso deixar claro que Paulo Guedes é um mero serviçal do grande capital e não está nem um pouco preocupado com o bem-estar social, seu objetivo é a destruição da economia nacional através da entrega dos principais setores da economia para os capitalistas internacionais.