Na última terça-feira, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que não irá votar a Medida Provisória (MP) relativa à venda da Eletrobras. Segundo o próprio Maia, o veto à votação se deve justamente ao fato de não haver voto suficiente para aprovar a privatização.
O golpe de Estado no Brasil foi financiado e planejado pelos monopólios internacionais, que estão interessados em explorar todo o patrimônio nacional a preço de banana. Nesse sentido, a venda da Eletrobras é parte do programa de devastação do imperialismo para a América Latina.
O fato de Rodrigo Maia ter dito que não iria votar a privatização da Petrobras não indica que o DEM estaria ao lado dos trabalhadores ou contrário aos interesses doa donos do golpe. Na verdade, Rodrigo Maia tem muito mais condições de atender às demandas do imperialismo do que o governo Temer.
Maia só decidiu não votar a MP porque o governo Temer é um governo extremamente fragilizado – um governo que definhou rapidamente e está tendo dificuldades para chegar vivo até o fim do ano. Por isso, Maia decidiu empurrar a venda da Eletrobras para depois das eleições.
Para conseguir barrar, de fato, a privatização da Eletrobras e das demais empresas nacionais, como a Petrobras, é necessário que os trabalhadores se mobilizem de maneira determinada contra os golpistas. Apenas uma mobilização gigantesca seria capaz de causar um impasse no Regime Político e forçar os golpistas a recuar.