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privatização das estatais

Privatização da Casa da Moeda aumenta entrega da soberania nacional

O governo golpista, que desde o impeachment da Dilma Rousseff, vem entregando o patrimônio do povo brasileiro

No dia 09 de janeiro, a Central Única dos Trabalhadores editou um artigo, onde denuncia o plano do governo do fascista Jair Bolsonaro de querer privatizar a Casa da Moeda, uma empresa do governo de mais de 300 anos.

Assim com o Serpro e Dataprev, bem como outras estatais estratégicas e de segurança do país, a privatização da Casa da Moeda coloca em risco, também, a economia do país.

Responsável pela fabricação de cédulas e moedas, sua privatização põe em risco a soberania nacional, aumenta a possibilidade de falsificação de passaportes e a sonegação de impostos.

A estatal é responsável pela produção de 2,6 bilhões de células e quatro bilhões de moedas ao ano, inclusive as comemorativas, pela confecção do passaporte e selos de rastreabilidade de cigarros e bebidas. A Casa da Moeda também é a responsável pelo combate a fraudes e a corrupção de documentos, pela proteção de marcas e certificações acadêmicas de provas e títulos.

A possibilidade do nosso próprio dinheiro ser produzido por estrangeiros é enorme, já que apenas três grandes empresas internacionais dominam o mercado mundial. Juntas, elas são responsáveis por 60% dos contratos das empresas privadas para produção de cédulas e moedas no mundo.

Hoje as 15 maiores economias do mundo, Estados Unidos, Japão, Inglaterra, França, incluindo Brasil, entre outros, produzem suas próprias cédulas e moedas para terem garantida a soberania nacional de cada país. Apenas alguns poucos países de menor território e com uma população menor, como por exemplo, o Quênia têm a sua produção feita fora dos seus territórios.

“A preocupação dessas nações é a falsificação da própria moeda, com uma “enxurrada” de dinheiro em circulação, o que afetaria a economia e ainda a possibilidade de não entrega do dinheiro fabricado”, conforme informações do diretor de comunicação do Sindicato Nacional dos Moedeiros (SNM), Edson Francisco da Silva.

“Se colocarem mais dinheiro em circulação do que é necessário, se destrói a economia de um país. A Alemanha privatizou a fabricação de seu próprio dinheiro em 2000 e já em 2009 voltou atrás por insegurança monetária. O Brasil é um grande país com reservas naturais, água, biodiversidade e petróleo. Somos importantes no mundo, e não podemos ficar reféns de interesses econômicos e estratégicos de estrangeiros”.

Com a privatização, os dados são controlados por estrangeiros

Além da produção de cédulas e moedas, a venda da Casa da Moeda implicaria em passar para as mãos de estrangeiros, dados dos brasileiros, já que a estatal também é responsável pela confecção dos passaportes nacionais.

Impostos sobre cigarros e bebidas

Toda vez que sai de uma fábrica um maço de cigarros ou uma garrafa de bebidas quentes como cachaça e uísque há um selo de rastreabilidade produzido pela Casa da Moeda. A sua circulação é monitorada possibilitando que a Receita Federal cobre impostos de acordo com a produção e a venda.

O combate a fraudes

A Casa da Moeda confecciona diplomas e certificados físicos e digitais com qualidade e segurança, para evitar fraudes e corrupção. Além de soluções que contemplam produtos e serviços de segurança relacionados à identificação de natureza física e digital. Também desenvolve sistemas para armazenagem e tratamento de dados, que dificultam ou até mesmo impedem a reprodução para utilização criminosa de documentos ou serviços.

 

“A Casa da Moeda tem uma sala-cofre que funciona como uma espécie de cartório, que possibilita chancelar operações de e-commerce (O Comércio eletrônico compreende qualquer tipo de negócio/transação comercial que implica a transferência de informação através da internet. Seus fundamentos estão baseados em segurança, criptografia, moedas e pagamentos eletrônicos. [Wikipédia]), por exemplo”, conta Edson Francisco da Silva.

A incessante luta contra as demissões

A Casa da Moeda chegou a possuir três mil trabalhadores em 2014, mas após as demissões e o desmonte que vem enfrentando, por conta dos golpistas, hoje está com dois mil.

Na última sexta-feira, dia 10 e ontem (13), os trabalhadores em luta pelos seus direitos e contra a demissões ocuparam as instalações da estatal e exigem a demissão do diretor de gestão, Fábio Rito, um dos pares do fascista Bolsonaro, favorável da privatização da empresa.

O desmonte da Casa da Moeda, após o golpe de 2016  

O processo teve início, já em 2016, após o golpe que retirou, sem provas, Dilma Rousseff da presidência da república. Foram quatro momentos que culminaram com os prejuízos dos anos seguintes da Cada da Moeda.

Primeiro o golpista Michel Temer (MDB-SP) fez mudanças  na Desvinculação da Receita da União ( DRU). O governo passou  a reter 30% do valor dos serviços prestados pela Casa da Moeda, alegando que eram impostos. Com isso, a estatal teve sua receita reduzida em mais R$ 534 milhões. Ainda assim, naquele ano, a Casa da Moeda conseguiu ter lucro de R$ 60 milhões.

Também no ano de 2016, o golpista de plantão, Michel Temer quebrou a exclusividade da Casa da Moeda na produção de cédulas e moedas.

Em 2017, o governo retirou a obrigatoriedade dos selos holográficos, emitidos pela Casa da Moeda, das bebidas frias, como a Coca-Cola, Ambev, Itaipava e Petrópolis. O serviço que controlava a produção dos envasadores dessas bebidas representava, naquele ano, 60% do faturamento bruto da Casa da Moeda.

Segundo o presidente do SNM, o governo retirou R$ 1,4 bilhão do faturamento da Casa da Moeda, fazendo com que após 322 anos de existência, a estatal desse um prejuízo fabricado pelo próprio governo.

Diante do ataque do fascista Bolsonaro, seus pares como o também golpista, ministro da economia, o Chicago Boy, Paulo Guedes, capachos do imperialismo, que querem entregar um patrimônio do povo aos abutres internacionais, só há uma alternativa, manter a Casa da Moeda ocupada e sob o controle dos próprios trabalhadores.

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