812.564 presos, tinha o Brasil nesta quarta-feira, (17), segundo o Banco de Monitoramento de Prisões, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A contabilização do CNJ considera presos os condenados e os não condenados até última instância, que são cerca de 40% do total, revelando a total ditadura do regime. Entram na conta os que estão em regime fechado, em regime aberto, e ainda os em CASA DO ALBERGADO. Estranhamente, não entram na conta os presos com tornozeleira e os que estão em regime aberto domiciliar.
Metade fora da cadeia?
337.126, ou 41,5% dos presos deveriam estar fora da cadeia. São os presos provisórios que, embora encarcerados, deveriam estar em liberdade já que não têm sentença condenatória.
Número de presos é expressivo, 812.564, próximo ao da população de uma cidade como Nova Iguaçu (RJ), ou como 1/3 da população do Uruguai.
Brasil é o 3º país com maior número de presos, somente ficando atrás de China e EUA, mas esses possuem 1,5 bilhão de habitantes e 310 milhões, contra apenas 210 milhões do Brasil.
Mais de 1,1 milhão estariam presos, se efetivados todos os 366,5 mil mandados de prisão pendentes de cumprimento.
726,7 mil presos existiam em 2016. Três anos após o impeachment de Dilma, o golpe produziu a façanha de aumentar o encarceramento em 11,8%.
Não foi coincidência.
Em 2016 o Supremo ampliou os casos de encarceramento pela modificação ilegítima da Constituição para possibilitar a prisão após recursos em 2ª instância. Providencial medida necessária para a prisão de Lula, mas também de outros 170.000 outros presos comuns.
Nestas condições, o Brasil caminha rapidamente rumo aos um milhão de presos. Um dado de uma verdadeira ditadura.