O primeiro-ministro do Iraque desmentiu as declarações da Casa Branca sobre o motivo do assassinato de Qasem Soleimani. Segundo o chefe de Estado, os EUA haviam pedido para que o mandatário do Iraque chamasse Soleimani para uma reunião, em que o líder popular iraniano iria levar uma mensagem para a Arábia Saudita na tentativa de diminuir as tensões na região. Para o primeiro-ministro iraquiano: “Trump me pediu para mediar com o Irã e depois assassinou meu convidado”.
Sendo assim, a desculpa de que os EUA haviam assassinado Soleimani para impedir ataques terroristas contra norte-americanos na região caem por terra (se é que alguém chegou a acreditar em alguma das palavras de Donald Trump).
A propaganda imperialista é cínica e visa somente seus próprios interesses, não se importando em matar quem quer que seja para continuar ou aumentar sua dominação sobre os países menos desenvolvidos. Assim foi no Vietnã, no Iraque, na Síria, Coréia do Norte, em Cuba, no Irã, nos países do leste europeu e em todos os lugares do planeta sobre os quais eles tenham dominação.
Dentro disso tudo, o Brasil acaba tendo uma vergonhosa posição. O capacho do imperialismo, Jair Bolsonaro, que não cansa de demonstrar de qualquer forma que ama Trump (seja batendo continência, seja dizendo “i love you” ou seja assistindo à entrevista de Trump na TV), soltou nota oficial por meio do Itamaraty para dizer que o terrorismo devia ser combatido, em clara posição favorável à morte do líder iraniano. Agora, com as próprias palavras do líder Iraquiano afirmando que Soleimani ia tentar apaziguar o Oriente Médio, Bolsonaro se coloca mais uma vez ao lado de uma mentira descarada, só para puxar o saco de seus patrões.