Na próxima semana, no dia 1º de Maio, se comemora o Dia Internacional de Luta da Classe Trabalhadora. É uma data de luta da classe trabalhadora brasileira e mundial. Data importante conquistada pelos trabalhadores para celebrar as conquistas e lutar por novos direitos. Mas no Brasil do golpe de Estado, diante do governo golpista e do fascista Jair Bolsonaro não há mais conquistas para celebrar e sim luta para evitar que os direitos acabem por completo.
Em pouco mais de 100 dias de governo ilegítimo de Bolsonaro, uma continuidade do governo, também ilegítimo de Michel Temer, os trabalhadores tem perdido direitos quase que diariamente. Já houve a reforma, ou melhor dizendo, destruição das leis trabalhistas, a instituição da terceirização, os cortes e congelamento em gastos públicos essenciais como saúde e educação e uma política repressiva crescente para impedir que os trabalhadores, organizados ou não possam se contrapor às medidas.
Diante deste quadro tenebroso as centrais sindicais estão organizando atos de 1º de Maio em todo o Brasil. Ao invés de atos descentralizados das quase 10 centrais sindicais brasileiras, os atos serão organizados em conjunto com a CUT, CGT, Força Sindical, UGT, Conlutas, Intersindical e tantas outras.
A reunião de todas as centrais, algumas delas, abertamente golpistas, como a Conlutas e diretamente a Força Sindical está resultando em atos que mais parecem showmícios despolitizados com destaque para as apresentações musicais do que para as reivindicações políticas dos trabalhadores.
Em São Paulo, por exemplo, o ato está sendo convocado com ênfase nos artistas que irão se apresentar com uma pequena menção à luta contra a reforma da Previdência e pedindo “salários decentes” (?!!), uma reivindicação vaga, que seria apoiada até mesmo pelos golpistas, em palavras.
A luta contra o golpe e, portanto, pela liberdade de Lula sequer é mencionada o que mostra que nesta união das centrais prevaleceu a posição dos golpistas e não a dos trabalhadores. Com tais características, os atos poderiam ficar longe de serem atos de luta contra o governo Bolsonaro e até se oporem a que tenha destaque a luta pela liberdade do ex-presidente Lula.
Nem os artistas contratados tem ligação com a esquerda, uma maioria de duplas femininas sertanejas, algumas das quais declararam, à época da eleição, apoio a Bolsonaro.
Os trabalhadores e ativistas devem participar dos atos que estão sendo convocados para intervir e se manifestar contra a política destruidora do governo golpista de Bolsonaro com a reforma da previdência, os cortes de gastos, a perseguição política aos sem terra, aos sindicatos e organizações populares. É o momento para agrupar forças e mobilizar nas ruas pedindo o Fora Bolsonaro e a liberdade de Lula.