Pela 19ª semana consecutiva a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2019 foi revisado para baixo, de acordo com a expectativa de mais de 100 instituições financeiras, base da pesquisa do Relatório Focus.
Segundo o último Relatório, divulgado nessa segunda (08/07), que resume semanalmente as previsões para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores, a previsão do PIB caiu, com relação a semana anterior, de 0,85% para 0,82%.
Em 17/01/2019, a expectativa do mercado era de que o País cresceria no presente ano 2,6% do PIB. De lá para cá, semana a semana, as estimativas cada vez menores de crescimento para o PIB em 2019 apontam para um cenário de crescimento zero e mesmo negativo, o que configuraria um quadro de depressão econômica, embora esse condição ainda não seja admitida pelas instituições financeiras.
Entre os fatores fundamentais para a queda continuada na previsão do PIB para 2019 estão a crise econômica mundial e a incapacidade da economia do País em se recompor, depois do boicote econômico promovido pelo grande capital entre 2014 e 2016 contra a economia nacional, a fim de agravar a crise política e econômica do governo Dilma Rousseff e facilitar o golpe de Estado.
Em 2013 o PIB cresceu 3,5%. Em 2014 caiu para 0,5% e em 2015 e 2016 teve crescimento negativo de -3,55% e -3,31%, respectivamente. Nos dois anos seguintes (2017 e 2018) mal superou a pífia marca de 1%.
Durante esses anos de golpe, a campanha do governo foi a de que as implementação das “reformas” e dos cortes dos gastos públicos permitiriam uma recomposição da economia do País. Tivemos o fim da CLT, a “reforma trabalhista”, entre outros medidas que supostamente impulsionariam a retomada do crescimento econômico. O que se viu foi justamente o contrário e o retrocesso é cada vez maior. A própria “reforma” da Previdência, tratada inicialmente como a panacéia que resolveria a crise econômica do Brasil, já é vista como insuficiente para promover a retomada do crescimento.
Estamos diante de mais um elemento de crise para a direita golpista, que tinha a expectativa de estabilizar a situação econômica como parte da operação para estabilizar a situação política.