Em meio à aproximação das eleições de meio mandato, a histeria imperialista em relação à interferência nas eleições norte-americanas continua. O assessor de Segurança Nacional, John Bolton, acusou não só a Rússia de querer interferir nos resultados, mas também a China, a Coreia do Norte e o Irã.
O atual presidente Donald Trump já está sendo ameaçado de impeachment por conta de uma suposta interferência da Rússia para gerar sua vitória nas eleições de 2016. É um argumento utilizado pelo setor mais forte do imperialismo tanto para atacar Trump quanto para legitimar uma invasão na Rússia, como pretexto de que foram ameaçados primeiro.
Trata-se de uma velha tática do imperialismo norte-americano. Procurando esconder o fato de que eles são os principais causadores de problemas na sociedade internacional, interferindo em milhares de eleições, invadindo países e financiando golpes de estado, os norte-americanos sempre procuram se apresentar como coitadinhos, esperando que a população ignore que se trata da maior potência bélica, tecnológica, política e econômica do mundo.
Entretanto, o argumento surge em um momento propício para enfraquecer Trump, mas também, caso mesmo assim o atual presidente saia vitorioso nas eleições, continuar com a série de ataques feita contra ele, incluindo aí ainda mais “países inimigos dos EUA” na lista de “aliados de Trump”, não só para atacar Trump mas para justificar uma invasão nestes países.