Conhecida como terra da morte anunciada, a cidade de Rio Maria, no interior do Pará, pela terceira vez, fez jus ao apelido. Nesta terça-feira, 11 de junho, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da cidade foi assassinado a tiros por dois homens em uma moto preta. O sindicalista Carlos Cabral Pereira que era também militante dos Trabalhadores Sem-Terra e o PCdoB já tinha sofrido uma emboscada onde também foi baleado em 1991.
A cidade tem um histórico de assassinar ativistas desde a década de 1980, quando o trabalhador rural e também militante e presidente do mesmo sindicato, João Canuto foi morto por dois fazendeiros, um deles era o próprio prefeito da cidade, Carlos Cabral Pereira, com 12 tiros. Na década de 1990 outro fazendeiro foi acusado e condenado de ser o mandante do assassinato do então presidente do STR Expedito Ribeiro de Souza.
No período pelo qual o Brasil passa, com um presidente fascista que já perdoou dívidas bilionárias dos latifundiários governando o país, a ousadia destes aumenta e praticamente toda semana temos notícias de execuções de ativistas do movimento de luta pela terra, o que vai continuar acontecendo se a população não puder se armar para se defender dos jagunços e dos próprios fazendeiros.
Para combater os ataques à população rural e ativistas é necessário que estes organizem a autodefesa, para não ficar tão vulneráveis frentes aos latifundiários que têm seus jagunços armados perseguindo os sem terra, índios e todos que forem considerados empecilhos para seus negócios.