O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, pediu a liberdade imediata do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cerimônia de encerramento do Terceiro Congresso Anti-imperialista contra o Neoliberalismo, realizado no Palácio das Convenções de Havana, em Cuba, no último domingo (03).
“Lula livre! Lula livre, já!”, exclamou o líder cubano, eleito no ano passado para suceder Raúl Castro, primeiro-secretário do Partido Comunista Cubano. Díaz-Canel exigiu a liberdade de Lula ao falar sobre a conjuntura política da América Latina, solidarizando-se com os governos e movimentos de esquerda que vêm sendo alvo do assédio brutal do imperialismo e da direita, como Nicolás Maduro na Venezuela, Daniel Ortega na Nicarágua e o próprio Lula no Brasil.
“Ser solidários é saldar nossa dívida com a humanidade. Por ser solidário e coerente com a história de lutas e sacrifícios, por ser irmã dos povos que resistem, Cuba é condenada e sancionada sem limites”, denunciou.
E continuou: “Quando ficamos sozinhos no meio do hemisfério, fundamos aqui o Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP), foi uma ideia de Fidel, não nos interessava a relação com governos do ministério das colônias [referência à OEA, que continua promovendo a desestabilização de governos de esquerda], nos interessa em primeiro lugar a amizade dos povos.”
Essa é uma importante denúncia contra a prisão ilegal de Lula e por sua liberdade, uma vez que é feita por um presidente de um país soberano e em um encontro internacional. No congresso, também estiveram presentes os próprios Raúl Castro e Nicolás Maduro, bem como a presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann.
Ela recebeu, como presidenta do partido de Lula e personalidade destacada da delegação brasileira que participou do congresso, as 24 caixas que continham mais de dois milhões de assinaturas recolhidas por toda a Cuba pedindo a liberdade para Lula, em meio à campanha que a ilha realiza pela soltura do ex-presidente.