Da redação – O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, anunciou hoje (03) o envio de tropas para a fronteira com a Rússia, como parte da medida de lei marcial imposta na semana passada em dez regiões do país.
Em um discurso transmitido pelo canal 112 Ukraina, ele afirmou que será efetuado o “transporte das correspondentes unidades para incrementar a defesa da fronteira, exercícios militares; nas regiões onde foi decretada a lei marcial serão realizados também os chamados de preparação das reservas de primeira linha”.
A lei marcial foi imposta em 26 de novembro e atinge algumas das principais cidades da Ucrânia, como Kharkov, Odessa, Donetsk e Lugansk. Essas duas últimas declararam independência do país em 2014, proclamando as Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk. Desde então, estão em guerra contra o regime de Kiev, que não tem o controle dessas regiões.
Dessa forma, com a lei marcial decretada pelo governo nas repúblicas separatistas (não reconhecidas por Kiev), há a possibilidade de um avanço do exército para tentar esmagar os movimentos independentistas.
Além disso, o posicionamento de tropas na fronteira com a Rússia configura uma séria ameaça a Moscou.
O pretexto para o decreto de lei marcial foi a captura de três navios ucranianos por parte da Rússia quando estes cruzavam o estreito de Kerch, para entrar no Mar Negro, em águas russas, entre a Crimeia e a Rússia continental. O incidente gerou uma crise política e diplomática e envolveu pronunciamentos de diversos países.
Entre as posições mais destacadas encontra-se a recusa por parte do presidente norte-americano, Donald Trump, em se encontrar com Vladimir Putin, presidente russo, na Cúpula do G20, por pressões do imperialismo sobre a Rússia.