O Governador João Doria e o Prefeito Bruno Covas, ambos do PSDB, anunciaram o aumento das passagens de ônibus e metrô da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. O preço subirá de R$4,30 para R$4,40. A proposta foi enviada à Assembleia Legislativa e implica em mais um peso para os estudantes e trabalhadores. Nas metrópoles brasileiras, o preço da passagem fica em torno de 12% a 16% do salário médio da população, um ônus bastante pesado para a população mais carente.
O aumento da locomoção em São Paulo é, portanto, uma afronta a uma população à qual são exigidos sacrifícios cada vez maiores. Infelizmente, ela estimula os consórcios de outras cidades a fazer o mesmo.
O aumento é uma provocação que merece uma resposta da população. Os movimentos estudantis sempre tiveram protagonismo nas lutas em torno do passe livre. Com foi dito acima, o custo de transporte pesa muito no bolso do trabalhador, que precisa se deslocar diariamente para o local do trabalho. Foi este problema que provocou as manifestações pelo passe livre em 2013, e foram questões muito parecidas – aumento nos combustíveis – que irritaram os “coletes amarelos” franceses – em luta desde o início do ano – e provocaram greves e atos explosivos no Equador.
Ou seja, o momento atual pede a convocação de todos para atos e manifestações contra os aumentos, e tem possibilidade de ampla adesão por parte da população.