Da redação – O projeto entreguista de privatizações do governo os golpistas segue a todo vapor. Nesta quarta-feira (28), o prefeito Bruno Covas assinou uma concessão para o Plano Municipal de Desestatização (PMD), projeto que coloca os serviços e equipamentos públicos à mercê de Parcerias Público-Privadas, da privatização e concessões. Esse plano prevê a privatização do Mercado Municipal de Santo Amaro, localizado na Zona Sul de São Paulo, e da continuidade a sua reconstrução, já que o local foi parcialmente destruído após um incêndio em setembro 2017.
O Mercado Municipal de Santo Amaro havia sido excluído do pacote de privatizações dos golpistas, que inclui o Estádio do Pacaembu, locais embaixo de viadutos, Parque do Ibirapuera, etc. Mas depois do incêndio, o então prefeito, que abandonou o cargo no meio do mandato para se candidatar a governador, João Doria (PSDB), afirmou que as obras seriam responsabilidade da iniciativa privada. É clara a tentativa dos direitistas em ter deixado o Mercado sem nenhuma manutenção para provocar uma situação que obrigasse a iniciativa privada a tomar conta.
A situação dos comerciantes do Mercado é de instabilidade total, já que a prefeitura não tem dado nenhum amparo a eles. O que provavelmente irá acontecer a partir dessa privatização do Mercado de Santo Amaro é que os comerciantes pagarão mais por seus comércios, já que não haverá mais uma regulamentação da prefeitura sobre aluguel, impostos, etc.
No momento, esses comerciantes estão em tendas improvisadas perto do Mercado, o que prejudica o trabalho, já que o fluxo de clientes é baixo. O Mercado, referência no bairro, perderá cada vez mais seu caráter popular para virar um espaço elitizado, como pretende os golpistas que estão no poder, prontos para excluir a população pobre dos espaços públicos, numa clara política de gentrificação para favorecer empresas que tomarão conta das obras e da gestão do local.