Na quinta-feira (04), a prefeitura de Brumadinho revogou o decreto que havia sido publicado no dia 21 de março. Nele, o preço de um terreno no cemitério Parque das Rosas passava de R$1.000 para R$2.500 , o que representa um aumento de 150%. Incluindo o túmulo, o custo do enterro passaria de R$3.750 para R$5.800,
Este decreto foi ordenado após o rompimento da barragem 1 da mina do Córrego do Feijão que, até o momento, registrou 218 mortes.
Em nota divulgada na tarde de quinta-feira, a prefeitura informou que “a decisão (da revogação) foi tomada pelo próprio prefeito após a identificação de equívoco administrativo interno”. Também informou que, desde a publicação do decreto, não houve a venda de jazigos e que os enterros realizados por causa do rompimento da barragem tiveram todos os custos funerários pagos pela Vale.
Contudo, a prefeitura não informou qual foi a falha e quem a cometeu, pois o próprio prefeito assinou o decreto que determinava a mudança nos valores. Na quarta-feira (03), o município havia informado que o aumento aconteceu com o objetivo de compensar o preço defasado do material de construção, de acordo com o IGPM.
Essa revogação no decreto que aumentava o valor dos enterros evidencia que Avimar de Melo Barcelos (PV), prefeito de Brumadinho, pretendia lucrar com a tragédia, porém, a partir da manifestação popular contra o aumento, recuou.