Os prefeitos direitistas do ABC Paulista, Paulo Serra (PSDB) de Santo André e Lauro Michels (PV) de Diadema, que representam a política golpista em voga no País, na região, anunciaram nas últimas horas verdadeiros ataques ao funcionalismo municipal destas cidades, mesmo diante de uma crise sanitária e de saúde pública sem precedentes como a pandemia do Covid-19.
Em Diadema o prefeito Lauro Michels enviou para a votação na Câmara de Diadema, na última quinta feira, sem nenhum comunicado aos servidores e em regime de urgência, projeto de Lei de reforma da previdência municipal, que prevê o aumento de 11% para 14% das alíquotas pagas pelos servidores ao IPRED.
O sindicato da categoria (Sindema) repudia o golpe vigarista do prefeito de Diadema e anuncia que além de não honrar com o compromisso de pagar os 8% de reposição da inflação de 2019 e 2020 aos trabalhadores, agora o prefeito quer promover o “confisco dos salários” mandando a “fatura” da reforma da Previdência para aqueles que carregam a cidade nas costas e quer impor ao funcionalismo uma perda real(somado o não pagamento dos reajustes a mais 3% de desconto com a nova reforma) de mais de 11% nos salários. Além disso, o prefeito golpista de Diadema, cortou o pagamento de parte de salário dos professores de diadema, não pagando as jornadas suplementares, atribuídas à categoria, em razão da falta de professores para atendimento da população no início do ano letivo.
Em repúdio ao golpe efetuado na calada da noite o sindicato às pressas mobilizou parte da categoria para carreata no centro da cidade na última quinta feira, dia 30. Os trabalhadores de Diadema, devem ampliar rapidamente a mobilização contra o fascista Michels.
Em Santo André, o prefeito Paulo Serra (PSDB) obteve aval da Câmara de vereadores em primeira votação para transferência integral do montante de R$ 10 milhões de saldo remanescente de valores arrecadados do IPSA (Instituto de Previdência de Santo André) no combate à pandemia do novo coronavírus. Em sessão virtual os vereadores, sem pressão dos servidores, aprovaram, por 18 votos favoráveis e nenhum contrário, a proposta que autoriza o repasse de quantia excedente, de forma excepcional, à administração nas hipóteses declaradas de estado de calamidade, de emergência ou de assistência a pessoas em situação de vulnerabilidade.
O valor de repasse segundo o governo se refere à reserva da assistência médica prestada aos servidores públicos ativos, inativos e pensionistas da cidade. O sindicato dos servidores (Sindserv – Santo André) repudia a manobra e lembra que os serviços terceirizados de assistência médica ao funcionalismo municipal estão precarizados e tal montante desviado piorará ainda mais o atendimento à saúde dos servidores, que pagam caro pela assistência.
Os ataques dos governos municipais no ABC Paulista vem totalmente amparados pela política do governo federal e de todo parlamento golpista que estão implementando a farsa da questão da desburocratização onde mais uma vez o funcionalismo público pagará a conta, com a chamada PEC da Emergência Fiscal, que quer reduzir jornadas e salários dos servidores de todo país.
É necessário os sindicatos chamarem os trabalhadores às ruas (usando toda a precaução necessária), pois sem uma ampla mobilização popular os golpistas condenarão servidores e trabalhadores à barbárie.