Da redação – Um pequeno vilarejo perto de Frankfurt, na Alemanha, terá um prefeito neonazista. Stefan Jangsch, do Partido Nacional-Democrático (NPD, na sigla em alemão), será prefeito de Waldsiedlung, que pertence ao distrito de Altenstadt, caso a votação não seja anulada. Ele foi eleito pelos sete vereadores da cidade depois de o cargo ficar vago e ninguém se apresentar para ocupá-lo.
Entre os vereadores que elegeram Jangsch havia membros dos principais partidos do regime político do País, à esquerda e à direita, como a União Democrata-Cristã (CDU), de Angela Merkel, e o Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD). São esses grandes partidos que querem anular a votação que ocorreu na pequena cidadezinha.
Diferentemente da Alternativa para a Alemanha (AfD), o NPD sequer tenta apresentar uma fachada mais moderada para sua política de extrema-direita. É um partido abertamente neonazista, que só evita as alusões diretas ao nazismo na medida em que a lei alemã assim exige.
Waldsiedlung tem 2,5 mil habitantes, e o caso é retratado na imprensa alemã como um incidente pitoresco. No entanto, embora seja um acontecimento aparentemente sem importância, trata-se de mais um fato que demonstra que, aos poucos a extrema-direita começa a surgir com mais força no panorama político do país. Como fica especialmente evidente no desempenho eleitoral da AfD. Esse fenômeno é comum a todo o continente europeu no momento, e corresponde à crise do regime político da burguesia na União Europeia desde a catástrofe econômica mundial de 2008, da qual o capitalismo nunca se recuperou, apesar de muito alarde feito nesse sentido.