O prefeito Mario Hildebrant da cidade de Blumenau em Santa Catarina na semana passada deixou surpresos muitos moradores de sua cidade após proferir mandato de remoção de barracas e tendas de um terreno próximo à via expressa de acesso ao município onde habitavam indígenas da etnia Laklãno/xokleng.
A ação da prefeitura contou com o auxílio da PM catarinense e a secretaria de assistência social. Com a justificativa de evitar que a saída do índios possa acarretar a volta de moradores de ruas e “drogados” para a região, o prefeito Hildebrant por meio de uma rede social postou:
Com o período das férias escolares, os Índios vem para as Cidades maiores vender seu artesanato e os ciganos da mesma forma. Com a retomada da rotina escolar, esse público volta para suas Cidades de origem. Trabalho conjunto de limpeza e abordagem, feito para evitar que o local sirva de abrigo para moradores em situação de rua.
Demostrando clara a ideia higienista, comparando os indígenas com demais grupos em situação marginalizada, além de ciganos e demais, um claro exemplo de servidão do prefeito, a pressão de grupos empresarias da região que alegam que o local e ponto de encontro de traficante e só esta sendo habitado por poucos indígenas. No entanto segundo relatos de vizinhos ao local que estavam na vigília, o convívio melhorou com a presença dos índios.
(…) Vivia cheio de usuários de drogas e bagunceiros, agora não, agente tem segurança em passar por aqui, pois sabemos eles que são pessoas trabalhadoras que estão aqui….. Tenho certeza que se eles forem embora vai ser como era antes. ( Rosa Gretter moradora próxima a área).
O movimento espontâneo da vigília, ocorreu por diversos membros da comunidades, professores, engenheiros, acadêmicos e demais se mobilizaram, afim de impedir o fim da remoção salvando a casa e o rancho, ainda presentes na área. A ação dos moradores de Blumenau, sobre os ataques do fascista Mario Hildebrant é mais uma prova da necessidade da política de criar comitês de luta pelo Brasil como arma da classe trabalhadora afim de derrotar a política de destruição das condições de vida do povo.