As notícias relacionadas à questão da luta no campo tem sido recorrentes nos últimos anos. Depois que Bolsonaro assumiu a presidência – através de uma gigantesca fraude eleitoral – os casos se repetem com muito mais frequência. Os indivíduos mais ignóbeis da extrema-direita, os pistoleiros sanguinários e os latifundiários sedentos por terras encontraram, por sua vez, o suporte necessário para avançar com a política de guerra contra a população do campo.
Desta vez, o prefeito de Itaituba (PA), Valmir Climaco, recomendou aos latifundiários que recebessem a equipe de técnicos da Funai à tiros. Diante do fato, a Procuradoria da República em Itaituba abriu investigação para apurar o fato, e determinou o envio de cópia das denúncias à Procuradoria Regional da República na 1ª Região, em Brasília (DF). A incitação foi feita no último dia 7, durante reunião na sede da prefeitura de Itaituba. Estavam presentes latifundiários a serem afetados pelas demarcações e, sobretudo, os técnicos responsáveis pelos estudos fundiários e cartoriais relativos à delimitação de Terras Indígenas Sawre Bap’in (Apompu) e Sawre Jaybu (Munduruku).
“Para nossa surpresa, o prefeito ressaltou que estamos invadindo as propriedades particulares, cuja entrada só seria possível com autorização judicial, e recomendou aos moradores que recebam a equipe ‘à bala’, sendo essa postura que ele teria em seu imóvel, que está inserido na área de estudo, e encerrou a reunião”, detalha o oficio recebido pelo MPF.
Ademais, ainda de segundo o documento, o público presente no auditório na prefeitura, formado por membros da associação Igarapé Preto e região, ovacionou e apoiou a fala do prefeito, causando temor nos servidores.
Diante do risco de morte, a equipe teve que suspender os levantamentos, e solicitou ao MPF e à Polícia Federal escolta policial para que o trabalho tenha condições de ser desenvolvidos.
Essa situação revela o caráter sanguinário e autoritário do regime político de conjunto. Não basta lutar por questões isoladas, o governo inteiro deve ser derrubado. Nessas condições, revela-se, mais uma vez, a necessidade de se constituir comitês de autodefesa, bem como a manutenção das palavras de ordem: Fora Bolsonaro! Liberdade para Lula! Eleições Gerais com Lula candidato.